Américo Oliveira Júnior - Graduando em História 
A educação de um município, quando tratada da forma correta, possibilita ao munícipe conhecer os seus direitos e deveres. Como também a sua história, se reproduzida nas salas de aula poderá trazer ao imaginário dos jovens a sua recriação.

Esta teoria bem que poderia ser transformada em prática. A luta incessante pela melhoria da educação em nossa cidade, incomoda algumas pessoas e torna outras figuras indesejáveis para a sociedade e o poder público municipal.

Possuímos uma rica história cultural e política, permeada de fatos que nunca passaram pelas salas de aula municipais, somos um povo que não conhece a sua verdadeira história, mais da metade da população não sabe nem quem é Jacó e Bina ou se eles realmente existiram.

Vivemos uma época conturbada politicamente, o município atravessa a sua pior crise em 20 anos de alternância política, neste período nunca houve um preocupação em esclarecer para os mais jovens a verdadeira origem de Jacobina.

Entra governo sai governo (sempre os mesmos), nunca houve a intenção clara de fazer chegar aos alunos do município nem de despertar nos mesmos, a curiosidade pela pesquisa sobre a origem da sua cidade, ou da sua pátria (do latim “patriota”, terra paterna).

Porque não exigir dos responsáveis pela educação do município a criação de uma lei para que se torne obrigatório o estudo da nossa história? Já imaginaram como seria fantástico ver as nossas crianças estudando as suas próprias origens?
Formaríamos cidadãos mais responsáveis e politizados, que ajudariam na mudança de atitude de que precisamos para chegar a uma equidade social, tornando assim, a cidade mais digna para os seus munícipes.

Poderemos também, esclarecer alguns pontos da nossa recente história, e responder algumas perguntas que estão sem resposta há muito tempo, como por exemplo: O porquê de uma cidade outrora tão próspera, hoje está numa colocação tão depreciativa perante municípios antes inferiores a ela? 

Acho que esta é uma atribuição dos edis, pois é preciso criar um projeto de lei que possibilite esta mudança, baseado nisto, não podemos esquecer que a câmara, já a algum tempo, possui em sua formação pessoas do quadro da educação ou graduadas em história, porém sabemos também que esta atitude esbarra em interesses bem maiores.

Os verdadeiros interesses daqueles senhores nunca comungaram com os da população, alguns que vieram do povo esqueceram-se rapidamente das suas origens e em um curto espaço de tempo, preferindo se preocupar em tomar atitudes que lhes venham beneficiar num futuro próximo.

Enfim, devemos despertar nos cidadãos a necessidade pelo estudo da nossa cidade, a suas riquezas, vitórias e até derrotas, para que possamos valorizá-la da forma que merece. Somente uma sociedade em que os seus jovens conhecem as suas origens, pode tornar-se independente para lutar por seus direitos.

Por Américo Oliveira Júnior