“Vivemos um período complicado e turbulento em nosso país, às vésperas de uma copa do mundo vemos um Brasil remexido e amedrontado por notícias que nos remetem a um estado de caos”.
Quem não mora aqui pode até pensar que o nosso país está à beira de uma guerra civil ou sendo invadido pelos chamados “comunistas”. Mas estamos falando da “terra do futebol”, como bem disse o Pero Vaz de Caminha na sua carta à corte portuguesa, “em se plantando tudo dá”.
Aqui na bela Jacobina também não é diferente, todos os dias somos surpreendidos com discursos acalorados de pessoas que acham saber o que é melhor para a população ou o que a mesma quer ouvir, e na maioria das vezes, erram feio. Se omitem de trabalhar com fontes que lhes indiquem porque chegamos a este ponto, pois uma sociedade como a nossa deve discutir seus problemas com base em indicadores sociais.
Quando nos propomos a falar sobre problemas sociais ou situações que dizem respeito à população é preciso ter o mínimo de conhecimento sobre o que vai ser explanado, coisa que alguns profissionais aqui da cidade nunca se preocuparam em fazer, apenas usam o senso comum para emitir opiniões desrespeitosas e carregadas de um discurso falso de que “estão ali para defender os direitos dos cidadãos”, ora senhores, a única coisa que alguns nobres profissionais defendem é o seu direito de explorar a ignorância de uma sociedade que nunca se preocupou com os seus problemas e delegam para os mesmos a responsabilidade de pensar por eles, consequência esta, de administrações que sempre pautaram pelo desrespeito ao cidadão, este comportamento os transforma em verdadeiros “justiceiros” aos olhos da sociedade.
A abordagem dos problemas sociais deve ser feita sempre lembrando que tudo que acontece no presente é reflexo do que aconteceu em um passado recente ou mais distante pois, não existe verdade absoluta quando tratamos de fatos históricos. E o que acontece com a educação a saúde e a segurança em nosso país, e por consequência em nossa cidade, faz sim parte da história. Na educação podemos citar a influência do regime militar, quando a escola pública ficou depreciada e deu lugar às instituições particulares, uma vez que a maior parcela dos alunos das faculdades públicas são oriundos das escolas privadas.
Gostaria de lembrar aos munícipes que esta não é a primeira e creio que não será a última vez que seremos desrespeitados e tratados como pessoas que precisam de um “cão guia” para nortear os nossos caminhos. Tenhamos muito cuidado com estas pessoas que desrespeitam profissionais em público com o pretexto de que são pais e estão preocupados com a educação de seus filhos.
Quero lembrar aos senhores que quando se está no cumprimento do dever devemos primar pela ética profissional e não usar de subterfúgios para atingir de forma covarde um representante de uma classe profissional.
Como disse anteriormente, para se abordar um assunto da grandeza da educação, é preciso que haja embasamento em relação ao mesmo, não precisamos de “achólogos” que pensam saber de tudo ou que usam do poder do rádio para marcar território. Precisamos de programas com abordagem social, para discutirmos resultados e indicadores sociais e o papel do cidadão pensante e responsável pelos seus destinos afinal, como se pode mirar a verdade se ela não existe de forma absoluta.
Américo Oliveira Júnior
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