O Rota 324 em sua série “Perguntar não ofende”, busca respostas para mais uma ação de dinheiro jogado ao ralo pela administração do nosso município.

Após cerca de seis meses colhendo material que poderá ser visto e ouvido abaixo, chegamos ao dia de noticiar e denunciar mais um desserviço de nosso gestor. A Prefeitura Municipal de Jacobina alugou um imóvel na Avenida Castelo Branco para o funcionamento da Defesa Civil do Município pelo valor global de R$ 25 mil. No local, funcionaria a sede do órgão e serviria para armazenar equipamentos, entre eles, os enviados pelo Governo do Estado por meio do programa Bahia Sem Fogo, projeto que visa o combate aos incêndios nas serras da região. 

Dentro desse período de investigação, fizemos algumas visitas em estabelecimentos comerciais da vizinhança e, alguns comerciantes confirmaram que nenhuma atividade foi registrada naquele local desde a saída da oficina “Estou aqui há cerca de 8 meses e sempre vejo fechado” comentou um mecânico. 

No dia 26 de fevereiro, o Rota 324 fez uma homenagem ao coordenador da Defesa Civil, Geovaldo Alves, pelos excelentes serviços prestados à comunidade, e numa entrevista para entendermos melhor o que era o órgão, soubemos que esse imóvel não foi utilizado para instalação da sede, devido à sua insegurança “O município não poderia disponibilizar um agente para ficar em tempo integral fazendo a segurança, por isso todo o material ficou na sede da Guarda Municipal” disse Geovaldo acrescentando que a sede da Defesa Civil funciona em anexo à Secretaria de Meio Ambiente.

Portanto, somente com o contrato assinado é que a nossa administração descobriu que o local não dava as devidas condições de uso, fazendo com que todo o período o ambiente ficasse sem uso e o dinheiro público fosse usado sem necessidade. 
Fotos do salão vazio foram tiradas no mês de setembro com o contrato ainda em vigência e, nossa demora em fazer a matéria, deu-se devido ao chamado “chá de cadeira” do setor de licitação da PMJ quando solicitamos uma cópia do contrato. Vale ressaltar que, todo cidadão pode ter acesso aos contratos conforme obriga a Lei de acesso à informação número 12.527/2011 no inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal.

E o que mais impressiona nossa equipe é que durante toda essa busca por informações, soubemos que diversos outros imóveis encontram-se na mesma situação, fato que traremos para nossos leitores em breve. Entre esses, citamos como exemplo o Infocentro do Distrito do Junco que foi inaugurado após um ano de alugueis pagos sem utilização.

E como perguntar não ofende, quem está sendo beneficiado com tantos alugueis de imóveis sem utilização? Que respondam os moradores do Junco, Paraíso, Cachoeira Grande e Lages do Batata. E enquanto a resposta não chega, nosso administrador segue pedindo dinheiro emprestado ao governo porque a cidade está desprovida de “Bufunfas”. 

Igor Fagner - Rota 324