Quinta edição do quadro "Os sete pecados do rei", chegamos a um dos principais setores da administração pública e o que mais trouxe dores de cabeça para a população jacobinense. 

A Secretaria Municipal da Saúde, esta que possui a maior alternância de poder. Iniciando seus trabalhos, o prefeito municipal contou com o Ivonildo Dourado, passando por Dr. Cledson Sady (por uma semana), Tereza Cristina e atualmente Dr. Cledson Sady. Este último, de competência indiscutível, é mais um engessado, mantendo-se no meio de uma crise Governo/Município.

Mas a crise e até mesmo a falta de confiança com o governo federal não intimidou o então candidato a prefeito de jacobina Rui Macedo e, ele lançou em seu plano de campanha a estonteante promessa de que mudaria a situação da saúde da cidade nos primeiros meses de gestão, dentre elas, sanando o problema das crianças que nascem em Miguel Calmon, por falta de estrutura. Sua gestão já está acabando, a saúde continua debilitada e as crianças continuam nascendo em Miguel Calmon.

As ações de avanço - Fechamento do Hospital Regional (cerca de 70 pais de famílias desempregados), Contrato CoofSaúde por R$ 12 milhões (renovado por mais um ano), Contrato com o Isac por um pouco mais de R$ 15 milhões. Este último, fez com que os vereadores de oposição entrassem com um pedido para instaurar uma CPI sob acusação de irregularidades. CPI essa que, pela mesma velocidade em que chegou, foi embora sem se quer a população ter uma explicação. Todos se calaram e ninguém toca mais no assunto.

Nesta mesma velocidade, foi a passagem da Tereza Cristina, secretária por um pouco mais de um ano, ficou o suficiente para a população pagar suas diárias em um grande Hotel no alto de uma Serra da cidade do Ouro, durante toda sua "prestação de serviço" à comunidade. Dotada de pouco humor, a ex-secretária era de poucos amigos e, deixou a cidade sem dizer porque nem para onde iria. 

Um dos maiores empreendimentos comemorados pelo gestor é a construção da Unidade de Pronto Atendimento - UPA, obra do Governo Federal e que até mesmo para os profissionais que atuam na área, se não houver um super planejamento, em pouco tempo se transformará em um posto de saúde, devido ao alto custo que ficará para o município. Cerca de R$ 1 milhão mensal, onde o governo atua com apenas R$ 200 mil. E nós sabemos que o que menos nosso gestor sabe fazer é planejar. Há quem diga ainda que, ficaria mais barato para o município se ele optasse por reabrir o Hospital Regional, porém, o que vale é o orgulho e a briga política.

Outra comemoração que tem deixado nosso gestor pisando nas nuvens é a instalação da Faculdade de Medicina, que expandirá os horizontes de Jacobina, tanto em mais mão de obra no setor, quanto na economia com o aumento de turistas. Avanço este que, apesar de propagar tanto, o gestor às vezes esquece de parabenizar os principais responsáveis pela vinda da Faculdade Ages para Jacobina. Não tiramos seu mérito em buscar junto aos idealizadores, porém tira para si, todo o mérito.

Apesar de sua patente de Médico, nosso gestor não acumula bons frutos em seu currículo. Paralisação de enfermeiros, ambulância do Samu 192 apreendida por um ano em uma oficina por falta de pagamento, atendimento particular todas as sextas-feiras em Capim Grosso quando nossa cidade sequer tinha um cardiologista, expulsão de Dr. Leandro Oliveira sob o termo pejorativo de "doutorzinho" para ficar com a administração da Clínica de Hemodiálise, seletivo relâmpago e às escuras para contratar enfermeiros, fechamento de postos de saúde e ambulâncias precárias. Essas são algumas das muitas na lista da pífia administração Rui Macedo e que não arriscaríamos continuar apontando, mas que mostram que o setor em que deu-lhe um diploma, é o que ele menos entende.

Amanhã, penúltimo dia da série, falaremos da Secretaria de Infraestrutura. Até lá.

Igor Fagner - Rota 324
Imagem - Bahia Acontece