Neste terceiro dia do quadro "Os sete pecados do rei" iremos falar um pouco sobre a Secretaria da Agricultura, que tem em seu comando o secretário Jorge Wellington Miranda Borges, a quem não podemos responsabilizar por tudo que discorrer abaixo, nem tampouco o ex-secretário e engenheiro agrônomo José Rocha Pires Velloso (Zezinho Velloso), responsável pela pasta durante os dois primeiros anos da administração.

A Secretaria Municipal da Agricultura entre tantas obrigações, também tem o objetivo de  coordenar a política agrícola do município, prestando assistência e apoio aos produtores rurais.

A nossa reportagem fez uma visita ao Horto Florestal da prefeitura de Jacobina e, presenciou ali todo o retrato de uma secretaria desestruturada e um prefeito sem preocupação alguma com o cultivo de plantas. Conversamos um pouco com alguns colaboradores da PMJ e, sem nos identificar, ficamos sabendo que, as últimas mudas do município que usaram ali, foram sobras das deixadas ainda pela gestão passada. Segundo um dos funcionários, o horto carece de sacos plásticos para mudas, adubo e sementes "Um jovem de Quixabeira, funcionário da EBDA, sempre passa por aqui e deixa umas sementes para a gente" disse acrescentando que para utilizá-las contou com a doação de sacos plásticos fornecidos por empresários de Jacobina. Um outro visitante que encontramos no local nos informou ainda que já viu o horto em situações melhores "Isso aqui no passado, dava gosto de visitar, pois todo tipo de planta que você solicitava, eles tinham para doar" lembrou.

Nesse mesmo local, ouvimos de um funcionário que "Dr. Jorge é um secretário que está sempre aqui e a gente percebe nele a vontade de trabalhar, mas o homem (Rui Macedo) não deixa" disse informando ainda que, a única vez que o gestor esteve no horto, foi no primeiro ano de sua primeira gestão.

Levantamos ainda a informação de que a secretaria é composta de cerca de 40 funcionários, porém que conta apenas com um pouco menos de dez, pois todos os outros foram relocados "Tem muita gente trabalhando de motorista em outros setores".

Recentemente o Rota 324 fez uma reportagem onde mostrava a insatisfação do ex-secretário Zezinho Velloso, nos relatavando que não sabia se quer qual a verba que ele poderia contar durante o mês "Se eles me dissessem que haviam apenas R$ 10 mil para o setor, eu iria dar meus pulos e fazer milagres, mas todo serviço que eu precisava, ficava a mercê da boa vontade da secretária geral" disse Zezinho acrescentando ainda que, haviam apenas 5 jardineiros para dar conta das mais de 30 Praças existentes em Jacobina e apenas 3 homens para a poda de árvores "Por isso que as Praças chegaram onde chegaram" disse.

O caminhão do setor, aquele que, é comum flagrarmos os funcionários pendurados na gaiola enquanto viajam, este também soubemos pelo Zezinho, que sofre de diversos problemas mecânicos "Não aguentava mais remendar esse caminhão" contou. Soubemos ainda que um novo caminhão chegou na cidade para auxiliar no setor, porém foi desviado para a Secretaria de Infraestrutura.  

A Escola Agrícola Dr. Orlando Oliveira Pires, estrutura criada para atender os agricultores, é um exemplo de desperdício do dinheiro público. Quem vai ao local, pode conferir a falta de compromisso com a cidade, acusação essa que, estendemos também para a administração passada, que já tinha em seu plano de governo, a criação de diversas capacitações para os trabalhadores rurais e, tal qual a gestão atual, não passou de promessas ao vento.

Em 2012, um concurso público foi realizado pela PMJ e, entre as vagas, havia também para Técnico Agrícola, oportunidade essa, não aproveitada até hoje pelos aprovados, que aguardam ansiosamente pela convocação.


E os problemas dessa secretaria continuam quando o assunto é a poda de árvores, ou como disse o gestor ambiental Almacks Luiz na matéria "Poda ou Mutilação", esse como disse o autor, é feito apenas pela preocupação com a passagem de caminhões, sem estudo algum sobre qual tipo de poda servirá para tal planta.

Perguntar não ofende: seriam as cidades de Irecê e Barreiras, muito bem desenvolvidas economicamente devido à sua agricultura? Quando nosso gestor terá um olhar mais cuidadoso voltado para a agricultura familiar? Será que além do setor jurídico (responsável por tirá-lo de diversos processos) conseguiremos encontrar uma pasta em que haverá mais avanços do que atrasos? As pastas que têm à frente pessoas competentes e capacitadas para fazer um bom trabalho, não avançam devido as "rédeas" colocadas pelo gestor. 

Amanhã na quarta edição de nosso quadro "Os sete pecados do rei" iremos abordar os problemas do setor de Comunicação, responsável por propagar todas as "obras".

Igor Fagner - Rota 324