Na manhã desta desta terça-feira, 15, profissionais em Educação das redes estadual e municipal de Jacobina, Ourolândia, Umburanas, Miguel Calmon, Serrolândia e Mirangaba se reuniram na Praça Rio Branco para reivindicar o cumprimento da Lei do Piso Salarial, manifestar contra o parcelamento de salário, terceirização de escolas, entre outros outras demandas no âmbito local.
A categoria iniciou uma passeata na sede da APLB - Sindicato e seguindo pelo centro da cidade com cartazes, apitos e palavras de ordem chegaram até a Praça, onde de posse de um microfone se revezaram para expressar suas indignações.
Na pauta local, as cidades expuseram suas demandas, como pode ser visto abaixo:
Jacobina
- Repasse de 60% do valor do precatório para os Profissionais em Educação;
- Regularização do auxílio transporte;
- Cumprimento do calendário de eleição dos gestores escolares como manda o Plano de Carreira, Cargos e Salários Municipal;
- Regulamentação da hora Atividade Escolar dos professores de Educação Infantil e Fundamental - Anos iniciais;
- Situação deficitária da Jacoprev;
- Valorização dos técnicos do Profuncionário.
"Nós estamos abertos ao diálogo com o gestor, porém ele demonstra não ter interesse em conversar com a gente" disse uma das organizadoras acrescentando ainda que o único ponto em que não há acordo é sobre o Precatórios "Esse não há negociação, queremos o que nos é de direito" pontuou.
Umburanas
Os profissionais expressaram indignação pelos constantes atrasos salariais, cobraram a mudança de níveis e a Licença Prêmio "No ano passado foi preciso que entrássemos com uma denúncia no Ministério Público para que nossos salários fossem regularizados".
Miguel Calmon
Os profissionais fizeram graves denúncias contra a administração daquele município "Estão nos levando à base do chicote, no militarismo" disse uma professores acrescentando ainda que algumas escolas estão com estruturas precárias. "Quando cobramos nossos direitos, somos ameaçadas pela secretária de Educação. Sempre que sentamos para negociar ela diz que vai fazer o que a gente pede, mas terá que demitir professores, mesmo sendo todos concursados". Disse a professora destacando ainda que alguns profissionais, devido a pressão, estão passando por sérios problemas emocionais.
Serrolândia
"Estamos trabalhando na adequação do Plano de Cargos para equiparar ao Federal. Precisamos ainda implantar o Profuncionário e queremos isso para esse ano ainda, além do horário da jornada" contou um munícipe.
Ourolândia
A categoria busca desde 2011 a eleição para diretores. "Contratam pessoas que não tem vínculo, mas não resolvem a vida dos que estão trabalhando. Pedimos ainda o reajuste salarial com promoção de classe, terço de férias em tempo hábil, mudança de nível, e a contratação de uma secretária, pois a que nós tínhamos pediu exoneração em fevereiro e ainda não substituíram" disse um professor.
Mirangaba
"Estamos há três anos sem aumento salarial, e entre as reivindicações estão ainda a liberação das Licença Prêmios, regularização do auxílio transporte e adequar o município ao piso Nacional".
Ainda em Jacobina, um dos professores lamentou a pequena quantidade de professores da cidade "Essa era a hora de estarmos todos unidos nesta causa, no entanto estão usando a paralisação para tirar folga" desabafou.
A reunião de hoje terminou com a apresentção do cantor Joan Sodré. A paralisação continua nesta quarta-feira com o tema Jacoprev e na quinta.
"Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes" Abraham Lincoln
Igor Fagner - Rota 324
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