Quem aqui nunca ouviu falar na frase “Se não quer trabalhar procura um emprego em um órgão público”? Para muitos essa frase entra na pele dilacerando o peito e é conteúdo de piada de mau gosto, falo daqueles que mesmo estando em um órgão público, desempenham suas funções como se estivesse cuidando de algo que é seu. Por outro lado, os que levaram a frase ao pé da letra e procuraram um órgão público devido ao seu desinteresse total e ocupa a vaga apenas pelo salário no final do mês, rir sempre que ouve a frase.

Mas sabemos que pessoas desinteressadas e sem responsabilidade alguma com o produto que trabalha não existem apenas dentro de órgãos públicos. Deparamos-nos com pessoas assim na loja de sapato, na loja de conveniências, na prestação de serviço, no centro médico particular. 

São muitas as lojas de Jacobina em que não podemos chegar para fazer compras às 17h50, pois seus funcionários já estão estressados e de olhos fixos no relógio, são muitas as lojas em que chegamos às 18h01 e já estão fechadas e são muitos os restaurantes em que os funcionários nos olham de cara nada amigáveis quando chegamos para almoçar às 14h. Como pode existir tantos currículos sendo entregues todos os dias no SineBahia (SAC) e na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e ao serem empregados não dão valor ao que recebem? 

Do mesmo modo, ao andarmos no tão nervoso trânsito de Jacobina, flagramos algumas situações de desrespeito com os patrões, causadas por funcionários que utilizam de motos e carros para desenvolverem suas funções. São pilotos de motos cargueiras fazendo malabarismo e motoristas usando carros como se fossem produtos de descarte. 

Sabemos que o mercado está cada vez mais competitivo e que todo ano novos profissionais entram na concorrência pelas vagas oferecidas, e, quem não se adaptar às exigências vai ficando para trás. Portanto, senhores colaboradores de empresas, vamos rever nossos conceitos e segurar nossas vagas com unhas e dentes, pois, ao perdermos por falta de interesse, dificilmente as temos de volta. As oportunidades são muitas, os capacitados e interessados é que são poucos.

Por Igor Fagner - Rota 324