Platão já dizia que o preço que as pessoas de bem pagam por não se envolver na política é serem governadas por gente de mau-caráter.

Hoje não escreverei sobre o Brasil. Meu patriotismo está numa espécie de "luto", envergonhado e cabisbaixo. Na verdade, não reconheço mais o meu País. Os últimos fatos envolvendo Política e Justiça mancham com um marrom de cheiro muito desagradável o verde, o amarelo, o azul e o branco de nossa bandeira...

O Brasil está atolado no maior pântano de corrupção da sua história. O Governo central se agarra a tudo o que pode, inclusive a estratagemas pouco "republicanos", para se manter no poder... Mesmo assim, em Jacobina há gente disposta a ir "para as ruas" defender Dilma, Lula e sua trupe. E "com orgulho" de ser petista, segundo afirma o líder dessa turma que parece viver em outro mundo, o ex-deputado Amauri Teixeira. Como assim?

Já fui filiado a partidos que, no seu nascedouro, prometiam ser farol para os meus ideais. Se perderam - e me perderam. Não consigo coadunar com malandros. E continuo não conseguindo... Mas mudarei de estratégia!

Está provado que, neste País, agremiações que vão aos extremos da direita e da esquerda
acabarão se corrompendo. É apenas questão de tempo. Então, não farei a política "de partido", mas sim a Política Cidadã. Isso mesmo: serei Cidadão, assim com "C" maiúsculo. Nessa condição, eu e você somos os verdadeiros chefes dessa parafernália institucional que chamam de Governo. No município, no estado ou na União, somos nós os verdadeiros "donos do pedaço".

Ao contrário do que querem os malandros e os bandidos políticos, faço questão de me filiar a um partido. Não "qualquer" partido: vou escolher um visivelmente menos contaminado. Não dá para se sujeitar, por exemplo, ao PT. Desse, Deus me livre! (E não venham me dizer que "não aceitariam" a minha filiação. Entre adotados e agregados esse partido já somou muita tranqueira!).

A política nos enoja, sim. Há muita podridão, muita roubalheira a nos espantar. A sensação é de que devemos nos manter distantes, o mais longe possível, de qualquer coisa relacionada à política... Nosso grande erro!

Ao nos afastar dos partidos, nos afastamos das decisões. Deixamos de escolher verdadeiramente os nossos candidatos, o que só podemos fazer em uma Convenção Partidária. Do jeito que está, votamos "em candidatos escolhidos". Ou seja: sou obrigado a votar em políticos que os atuais donos de partidos indicaram. Só há uma forma de mudar isso: as pessoas do bem ingressarem nos partidos existentes e mudarem as coisas a partir de lá. Com candidatos melhores aqui fora, certamente teremos vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes melhores.

Em tempo: a tropa-de-choque petista me elegeu como seu inimigo-mor. Juntando mentiras e historietas fantasiosas, juram que vão me 'destruir'... Muito obrigado: ser perseguido por gente como vocês é um privilégio que poucos cidadãos do bem podem desfrutar!

Por Eraldo Maciel - jornalista e radialista, é coordenador de Jornalismo das rádios Serrana Líder FM e Clube AM, de Jacobina (BA).