Hoje é segunda-feira, dia de crônica do Gidalto - Padrão - Oliveira! Como é de costume, na edição de início de semana do Blitz Total da Jacobina FM, há sempre a leitura do cronista, confira a de hoje:
"Meus amigos, dos meus tempos dourados de criança me veio a lembrança de uma provocação que era bastante comum em meio das algazarras naturais que povoavam o nosso mundo infantil. Quando algum amigo se desentendia com o outro e, para provocar briga, riscava o chão e fazia dois riscos com o pé, dizendo: aqui é a sua mãe e aqui é a minha. Em seguida cuspia no risco que simboliza a mãe do adversário. A luta era inevitável. Mas a inimizade acabava no dia seguinte no transcurso das costumeiras brincadeiras daquele tempo que não volta mais.
Dois fatos recentes reavivaram aquele gesto do passado. Não com a inocência daquelas crianças despidas da maldade e da intolerância, tão comuns em certas mentes adultas dos tempos atuais, digo até desprezíveis, como ocorreu recentemente, envolvendo pessoas tidas como da casta social. Refiro-me aos dois episódios lastimáveis de vergonhosas cusparadas. Um deles, naquele triste episódio no transcurso da votação do impeachment, em que o deputado federal Jean Wyllys cuspiu na direção do colega Jair Bolsonaro, afirmando depois: . "Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse. Na hora que eu fui votar, esse canalha decidiu me insultar na saída e tentar agarrar meu braço; ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando eu vi o insulto, eu devolvi com um cuspe na cara dele, que é o que ele merece", afirmou.
O outro caso recente, não menos vergonhoso foi protagonizado pelo ator global, José de Abreu, durante um jantar em um restaurante de São Paulo, depois de se envolver em uma discussão com um advogado, tendo o ator se justificado. "Acabei de ser ofendido num restaurante paulista. Cuspi na cara do coxinha e da mulher dele!
Meus amigos, as inocentes provocações dos tempos de criança hoje em dia viraram, de fato, ofensas graves entre homens públicos, que nada tem de inocentes, jogando no rosto dos seus desafetos o que guardam de sua inconfessável podridão moral.
GIDALTO PADRÃO OLIVEIRA"
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