A única certeza de todos os viventes é a interrupção definitiva da vida. Mas, por mais lógica que seja tal afirmativa não é de fácil compreensão. A morte machuca os sentimentos, dói o mais duro dos corações e produz lágrimas nos mais áridos olhos que existem; é a pior das piores perdas que podem acontecer, uma escuridão repentina em meio a mais clara luminosidade.

De todos os fins, o falecimento é o mais doloroso e inevitavelmente levará alguém a sofrer. Por mais que se tente transformar a banalidade em vida e a morte em algo irrelevante, não conseguirá convencer o íntimo dos que amam e têm compaixão, e dos que valorizam e preservam a vida.

Por mais que se esteja preparado psicológica e espiritualmente, as partidas sempre irão abalar, principalmente aquelas não anunciadas previamente. Uma destas tristes partidas aconteceu no último dia 23, quando faleceu Valtair Fontana, pessoa que tive o prazer em conviver, quase como um membro da família, é sem dúvida uma das melhores figuras que já conheci; pessoa humana, digna, exemplo de seriedade, bom pai, bom filho e um excelente amigo. A alegria e a vontade de ajudar os que buscavam seu apoio e os que eram buscados por ele, faziam parte do seu cotidiano. Luís Eduardo Magalhães, cidade que tanto se orgulhava em morar, perde um dos seus mais ilustres moradores e a Bahia perde um dos mais promissores políticos que poderia ter.

Meu amigo/irmão, Valtair Fontana, você irá fazer muita falta. Como todos os bons, você será bem recebido pelo Pai Celestial.

Vai com Deus amigo.

À sua família, minhas condolências.

Gervásio Lima
Jacobina - Bahia