As imagens foram extraídas de um vídeo
Um vídeo mostrando alunos fazendo a limpeza de uma sala de aula está circulando pelas redes sociais. O ambiente faz parte do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães e os jovens decidiram tal ação, devido a greve dos servidores estaduais por falta de pagamento das terceirizadas contratadas pelo Estado.
No texto, a aluna autora do vídeo descreve a situação da seguinte forma: "Seria até motivo de orgulho se não fosse trágico o real motivo de nós alunos estarmos limpando a sala de aula. Que país é esse onde quem trabalha de maneira digna não é reconhecido e nem se quer ganha pelo que faz? Que país é esse onde funcionários precisam parar suas atividades como forma de protesto por não receberem o que é seu por direito? Estamos cansados de viver essa realidade, cansados de não sermos ouvidos nem muito menos valorizados. Pagamos caro, muito caro (os impostos) para termos professores ensinando, alunos com todos os materiais necessários, merenda todos os dias, um Colégio limpo e funcionando. Exigimos mais respeito!!" Victória Jacobina.
Para a diretora do colégio Regina Gomes, essa situação é vista com muita indignação por todos. "Ambiente higienizado e alimentação são condições necessárias ao desenvolvimento de um indivíduo, garantidas por Lei. Lamentavelmente, a comunidade do Colégio Modelo de Jacobina está passando por uma situação muito difícil - trabalhar e estudar nessa situação está sendo resultado de um grande esforço que visa reduzir, ao máximo, os prejuízos aos estudantes, os mais impactados por esse processo" contou.
Para a diretora do colégio Regina Gomes, essa situação é vista com muita indignação por todos. "Ambiente higienizado e alimentação são condições necessárias ao desenvolvimento de um indivíduo, garantidas por Lei. Lamentavelmente, a comunidade do Colégio Modelo de Jacobina está passando por uma situação muito difícil - trabalhar e estudar nessa situação está sendo resultado de um grande esforço que visa reduzir, ao máximo, os prejuízos aos estudantes, os mais impactados por esse processo" contou.
Diversas manifestações já foram feitas por alunos e professores em apoio aos servidores, inclusive em frente da sede do Núcleo Regional de Educação, para que uma providência fosse tomada, porém até o momento nenhum acordo foi firmado entre terceiradas e contratados.
Igor Fagner - Rota 324
1 Comentários
Vivemos um verdadeiro caos em vários setores, notadamente na Educação Pública. Mas vamos a outro aspecto da questão, que também considero importante. A nossa Política/Governabilidade hoje é completamente refém do Capital, de empresas capitalistas que lhes patrocinam. São os paitrocinadores de suas campanhas. Em detrimento, nós, os trabalhadores, vamos perdendo os nossos direitos trabalhistas, conquistados a duras penas e lutas nos últimos cinquenta anos. Terceirizaram as atividades meio - limpeza, cozinha, administração - que são basilares, que alicerçam as atividades fim - no nosso caso, a educação em si: ministrar aulas, lançar notas etc. e tals. É uma situação caótica a que vivemos. Se formos para o colégio - professores, pais e alunos - fazermos o que é função de outros trabalhadores, além de não contribuirmos com a sua luta, estaremos dizendo "valeu, Poder Público, você é omisso, corrupto e do lado do Capital e, diante e apesar disto, vamos dar um jeitinho aqui, e vamos tocar o barco". Esse famoso jeitinho nosso de sempre, esse ato fugidio, é o que ajuda na manutenção desse establishment/status quo vigente! Lugar do trabalhador é trabalhando, e recebendo o seu salário corretamente, lugar do professor é em sala de aula, ministrando suas aulas em condições mínimas de higiene e salubridade e lugar do estudante é em sala de aula, estudando, discutindo, buscando conhecimento!
ResponderExcluir-Márcio Melo, professor da rede estadual.
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