Em entrevista, a deputada tucana minimizou a ausência de mulheres entre os ministros do governo interino de Michel Temer

Para a deputada Mara Gabrilli (PSDB), a falta de mulheres no primeiro escalão do governo de Michel Temer é um fato "secundário", causado pela forma como a política brasileira funciona, e não por um erro do peemedebista. Em entrevista ao Nexo Jornal, ela criticou a presidente afastada Dilma Rousseff.
"Por incrível que pareça, o ministério da Dilma estava cheio de ministras, a presidente era mulher, mas ela nunca chamou a bancada da mulheres da Câmara para ouvir", disse ela, que votou a favor do afastamento do Dilma na Câmara. Ela avaliou positivamente o encontro entre Temer e deputadas na última semana. "Foi importante para as mulheres poderem ser ouvidas por ele em menos de uma semana de governo. A a gente trouxe demandas e informações. São mulheres com representatividade, com trabalho sério, competentes. Ele falou que pretende futuramente criar um ministério que possa contemplar uma mulher", afirmou.

"Meu nome foi cogitado para o Ministério dos Direitos Humanos, mas quando o Temer reduziu os ministérios, perdi a possibilidade de assumir. Esse ministério passou a ser uma secretaria, e eu como deputada não posso assumir uma secretaria. Mas fiquei feliz e aliviada de ele ter ouvido a população que foi para as ruas e pediu para diminuir ministérios. Isso para mim isso foi totalmente secundário, não vejo como um erro brutal dele [não nomear mulheres para o ministério], mas teria sido melhor porque teria evitado tanta crítica", disse.

Para a deputada, os tucanos devem ter papel crucial na gestão de Temer. "O PSDB impulsionou esse impeachment e seria até leviano agora o PSDB virar as costas para o governo", afirmou. Informações por Notícias ao Minuto.