Quem viu o último jogo percebeu a diferença de cores e qualidade

Imagem do Campeonato Baiano
Quem foi ao Estádio José Rocha no dia 12 de junho ver a partida entre Galícia-BA e América-PE pela Série D do Brasileirão, percebeu que o cenário era bem diferente do apresentado nos jogos do Jacobina pelo Baianão. O campo preparado pela empresa Greenleaf Gramados para atender ao campeonato estadual já não é mais o mesmo. 

A falta de uma manutenção especializada tem deixado o nosso "tapete" com aspecto de "pano de chão", furado e sem cor. O verde tem dado lugar ao amarelado das folhas secas e o mato tem se misturado com a grama. Apesar dos esforços e dedicação de nosso guerreiro Preto Fan, responsável pela manutenção do local, nosso tão desejado e suado gramado tem perdido seu fulgor. Lidar com um cortador de gramas antigo e de constantes defeitos, não é fácil mesmo para quem tem vontade de "ver a coisa andar" como o colaborador supracitado e o competente secretário de Esportes Murilo Reis.

O Rota 324 teve acesso a uma cobrança feita por um perfil, numa página da Greenleaf Gramados no site de relacionamentos Facebook. A empresa é responsável pela implantação e manutenção de diversos gramados das mais famosas arenas do país e, na postagem de uma de suas obras, um comentário chamou a atenção de integrantes da empresa: "E o do estádio José Rocha em Jacobina? Eu achei que ia ficar um tapete, mas o mato tomou conta..." disse o perfil. Em resposta, a empresa contou que esse aspecto acontece devido a falta de interesse da PMJ "Pra se manter um tapete, precisa manutenção. Mas não houve interesse da prefeitura" respondeu a Greenleaf.  

Isso nos remete ao histórico de reforma do nosso estádio, começando pela propagação por parte do atual gestor, da pintura das arquibancadas e mudança de alambrado, levando pra si uma obra que havia sido assinada pelo Bobô ainda na gestão anterior, fazendo com que Rui Macedo apenas executasse. Já em 2014, por protelar o início das obras exigidas pela FBF e por contratar uma empresa sem capacidade para tratar de um gramado, nosso administrador em parceria com o famosos Bartolomeu, jogou nosso dinheiro no ralo e viu nossa torcida entristecida com a não aprovação do Estádio para receber os jogos do Jacobina. Em 2015, com ainda mais vigor dos torcedores e uma cobrança mais intensa, o Governo do Estado acelerou a construção da cabine de imprensa, vestiários, iluminação e, por falta de capacidade da administração local, tomou para si a responsabilidade do gramado. Os louros só chegaram quando os problemas na iluminação começaram a surgir, fazendo com que, algumas alterações elevassem o nome do gestor a "Salvador da Pátria" e incentivador do esporte profissional.

Perguntar não ofende: seria tão difícil assim manter um produto comprado com o dinheiro do povo? terá a torcida, no início do Baianão 2017 que reiniciar toda luta para a reforma do gramado? até onde vai essa fama de incentivador do esporte, uma vez que, para que as coisas aconteçam, tenhamos que fazer mobilizações e intensificar as cobranças?

Igor Fagner - Rota 324