A crônica de todas as segundas-feiras

Meus amigos, vira e mexe não tem como voltar a abordar sobre este assunto irritante, de uma das  práticas mais condenáveis exercida por gente desprovida de qualquer sentimento de respeito para com o seu semelhante, sem dúvida nenhuma  é a conhecida e antiga aplicação do trote. 

Desde as rotineiras e imbecis brincadeiras universitárias de recepção de veteranos aos pobres calouros, até aos inconvenientes telefonemas aos órgãos de atendimentos emergenciais, em que todos eles trazem previsíveis aborrecimentos e prejuízos. Segundo dados estatísticos, a cada dia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na capital do Estado recebe cerca de três mil ligações no telefone 192. Mas, enquanto muitas pessoas buscam  algum tipo de ajuda para problemas de saúde, 40% dos chamados não passam de trotes. 

O coordenador da SAMU, Ivan Paiva, conta que, quando o serviço começou a funcionar em Salvador, quase 85% das solicitações eram trotes, mas, graças ao trabalho de educação realizado entre as crianças de escolas da capital, esse número caiu e está em torno de 40%. “Ainda temos muitos casos de trotes de crianças que, em geral, os atendentes identificam facilmente. O grande problema são os adultos. Neste caso, o atendente faz algumas perguntas que permitem comprovar a veracidade do caso”, diz o Coordenador. Mesmo com todo esse cuidado, algumas vezes as ambulâncias do SAMU acabam sendo deslocadas para atender a falsas solicitações. Ele lembra que o trote causa prejuízo a toda população, pois, ao liberar os veículos para falsos pedidos, a SAMU deixa de atender quem realmente precisa. 

As pessoas  têm que ter consciência que essa realidade deve ser modificada. É inadmissível que uma pessoa continue passando trotes, principalmente para órgãos emergenciais como o SAMU. Sem contar que essa é uma prática criminosa. É bom que esses baderneiros saibam de que os casos identificados são encaminhados à polícia, pois o trote é crime previsto no artigo 266 do Código Penal. Meus amigos, este alerta também serve para muitos desocupados aqui da nossa Jacobina, que adotam essa mesma prática irresponsável de brincar com coisa séria, colocando em risco a vida de quem necessita urgentemente de socorro.

Este é o meu ponto de vista
Gidalto Padrão Oliveira