Cachês de artistas causam polêmicas nas redes sociais

Passados 11 dias da comemoração do aniversário de Jacobina, a festa parece não querer acabar. Após o imbróglio envolvendo alguns artistas, que precisaram apresentar suas canções atrás das cortinas do palco, as atenções agora estão voltadas para o cachê dos músicos jacobinenses.

Um áudio circula pelas redes sociais, onde um dos artistas da terra mostra seu repúdio por ainda não ter recebido seu valor “Amanha irei para a porta da prefeitura e se meu dinheiro não sair, irei armar um barraco” diz a gravação. De acordo com informações passadas, após a repercussão dessa conversa, ficou decidido no setor financeiro da prefeitura de Jacobina, que os valores serão passados já nesta terça-feira.

Perguntar (às vezes) não ofende: algum artista dos chamados “Atrações principais” subiram ao palco sem receber? Cremos que não, pois, de praxe, recebem metade do valor no fechamento do contrato e metade poucos minutos antes de iniciarem o show. Por que então esse tratamento, financeiramente falando, não é dado aos santos de casa? Sabemos que quando um evento é promovido por um órgão público, uma planilha de custos é montada e todos os valores a serem gastos são contabilizados em cima do que já existe em caixa. 

A explicação dada por um dos organizadores é que a demora se deu devido à falta de documentação de alguns artistas, atrasando assim o pagamento de todos. Isso gera uma outra pergunta: para subir no palco, essa documentação não já deveria estar em ordem? Esse é um problema que atravessa de gestões em gestões. Assim acontece quando há micareta, assim é nos demais eventos promovidos pela PMJ, seja com artistas, seja com estruturas montadas por empresários da região: passam dias sem receber enquanto as Estrelas já saem da cidade com seus bolsos cheios. E assim se cumpre a frase “Farinha pouca, o pirão das Atrações Principais primeiro!”.

Igor Fagner - Rota 324