A crônica da semana fala sobre os verdadeiros heróis brasileiros
Meus amigos, existem verdadeiramente pessoas que vivem no anonimato, que enfrentam heroicamente os maiores desafios pela sua própria sobrevivência e, por isso mesmo, merecedoras de ter como recompensa de sua valorosa luta até mesmo a edificação de uma estátua, perpetuando a história de sua vitória, como está sendo o caso de uma ex-moradora de rua, que esta última semana conseguiu honrosamente o diploma de Licenciatura em História, outorgado pela Universidade Federal da Bahia. É o caso de Mona Liza Nunes de Souza, 28 anos, que foi abandonada pela mãe quando nasceu e criada por uma avó que não a amava e a maltratou até os 9 anos. Quando chegou em Salvador, ainda criança, ela sobreviveu nas ruas, através de esmolas.
Dormia no papelão e esperava o “carro da sopa” para ter o que comer. Viu a mãe e as irmãs se renderem ao crack. A vida lhe negou casa, comida e, o que mais lhe fez falta, o amor. Por duas vezes a família teve a oportunidade de deixar as ruas, mas a mãe vendeu as casas que recebeu em programas sociais para permanecer no mundo das drogas. Inconformada com a realidade que vivia, Mona matriculava-se em escolas públicas, escondido da mãe, que considerava o estudo desnecessário. Aos 15 anos, conseguiu um emprego como ajudante de cozinha de um restaurante e ganhava R$ 15 por dia. Hoje, com um diploma universitário nas mãos pode contemplar orgulhosa sua jornada vitoriosa.
Meus amigos, esta é, de fato, a história de uma heroína que não se deixou vencer pelas adversidades da vida, prosseguindo firme em busca dos seus ideais, duramente conseguidos, como somente os mais obstinados maratonistas olímpicos em suas desafiadoras competições conseguem conquistar.
Este é o meu ponto de vista. Gidalto Padrão Oliveira
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