Passamos quatro anos calados, agora é a hora de gritarmos! 

Por Igor Fagner - Sei que, independentemente de quem ganhe as eleições deste domingo, teremos um ser humano passivo de erros e com o desafio de assumir uma prefeitura numa época em que o país passa por crises financeiras e políticas. Sei também que é impossível um gestor agradar a todos, principalmente porque sempre haverá um grupo de oposição.

Votarei contra a Reeleição pelas vidas perdidas de: Laura Estefane de 11 meses (Calazar no Leader), Vitória de Jesus, 3 anos e seis meses (Calazar no Santo Antônio), Levi Ribeiro dos Santos, 3 anos e nove meses (Calazar na Caeira), Sérgio dos Santos, 35 anos, (Paraíso, vítima de um infarto fulminante e que foi atendido com remédios para Cólicas Renais), pelo bebê de Sara Moreira e Anderson Oliveira (Novo Amanhecer), pelo pequeno André Vinicius de um ano, filho do casal Alice e Marcos Vinicius que com infecção, recebeu remédio para gases (Leader). E pelas centenas de crianças que nasceram, mas precisaram ter sua naturalidade em nome de outra cidade e por um hospital de 200 leitos sem funcionar.

Agora a pouco fui surpreendido com uma mensagem do coordenador de trânsito Wagne Melkart, onde ele expôs uma ENORME lista de “avanços” da gestão atual, como forma de tentar iludir o cidadão com itens que, em 90% faz parte de projetos do governo federal e com dinheiro do governo federal. Para um leigo isso é prato cheio e o voto é certo.

Ao avisar ao coordenador que procurasse outro para enganar, recebi a resposta que eu tinha uma briga pessoal e que eu não enxergo os avanços da cidade. Minha resposta foi:

“Coordenador... o senhor (falando especificamente de sua área) deixou que pessoas fossem acidentadas e mortas no cruzamento do Jacobina 3 durantes quatro anos e agora na semana da eleição me aparece com a construção de um canteiro de proteção! Agora vem falar que eu que não enxergo?? Tenha consciência!”

A culpa dos acidentes foi colocada inteiramente nos condutores: “A culpa não é minha e sim da cultura do desrespeito a regra de trânsito”.

Esses são apenas alguns dos fatos que ilustram minha indignação! Passamos três desses quatro anos sem uma obra que destacasse a gestão atual. Ficamos inertes enquanto a obra da UPA (do governo federal) seguia a passos lentos esperando as eleições. Nos calamos enquanto a Praça do CÉU (do governo federal) era invadida por jovens sedentos de sua pista de skate, pois nosso prefeito segurava a obra para o ano de eleições. Colocamos vendas nos olhos enquanto os PSFs recebiam a troca de tintas por R$101 mil / R$200 mil e R$300 mil e tinham seus equipamentos levados de um canto para o outro para inaugurações. Engolimos em garganta seca as frases de “Eu que trouxe a TEN, o Curso de Medicina, a reforma do Estádio, o Recicla Jacobina”, não proibimos quando um contrato milionário foi assinado com a MM Limpeza e não gritamos quando não foram cumpridas as promessas da Ciclovia, Transplante de rins, Plano Inclinado, Restaurante Popular, Mamografias, Micareta, entre outras.

Para quem não acompanha de perto o processo de construção da cidade e para aqueles que apagaram de suas memórias a situação entre os anos de 2013 e 2015, isso é motivo para comemorar e querer que ele continue. Eu lembro com riqueza de detalhes e torcerei para que Deus nos conceda um OUTRO prefeito que trabalhe por a gente durante quatro anos ininterruptos. Eu Digo NÃO à Reeleição de Rui Macedo!

Igor Fagner - Rota 324