Cinco das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE mostraram aumentos no resultado do grupo, sendo em Belém a taxa mais elevada (0,53%)

A inflação oficial no Brasil fechou o mês de setembro em 0,08%, o representa uma desaceleração em relação a agosto, quando a alta dos preços havia sido de 0,44%. Os dados são do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Este é o menor índice desde a taxa de 0,01% de julho de 2014. Em relação aos meses de setembro, a taxa é a mais baixa desde 1998, quando ficou em -0,22%. Em setembro de 2015, a inflação havia sido de 0,54%.

Com a alta dos preços em setembro, o acumulado no ano é de 5,51%. Em 12 meses, a inflação é de 8,48%. 

O resultado ainda está muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%. Em 2015, a inflação foi de 10,67%.

Altas em setembro

Em comparação com o mês anterior, mostraram aceleração na taxa de crescimento de preços:

habitação (de 0,3% em agosto para 0,63% em setembro),
vestuário (de 0,15% para 0,43%) e
comunicação (de -0,02% para 0,18%).

Alimentação 


O grupo dos alimentos apresentou a maior queda em setembro (-0,29%), acumulando inflação de 8,80% no ano. Considerando os alimentos para consumo em casa, a queda no mês foi de 0,6%, enquanto a alimentação fora de casa subiu 0,33%.

Cinco das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE mostraram aumentos no resultado do grupo, sendo em Belém a taxa mais elevada (0,53%).

Preço do leite cai

A queda dos alimentos foi puxada pelo recuo de 7,89% dos preços do leite. Entre os itens que ficaram mais em conta, também destacaram-se:

batata-inglesa (-19,24%),
alho (-7,45%),
feijão carioca (-4,61%) e
hortaliças (-4,42).

Em relação aos alimentos em alta, o destaque ficou com as carnes, que registraram aumento 1,43%, segundo o IBGE.

Inflação e juros

A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Porém, a taxa de juros já está alta e aumentá-la ainda mais poderia comprometer a retomada do crescimento da economia. O Banco Central tem dito que buscará deixar a inflação dentro da margem de tolerância deste ano. Atualmente os juros estão em 14,25% ao ano. Informações do UOL de São Paulo.