O júri popular condenou Elize Matsunaga na madrugada desta segunda-feira (5) a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, em regime fechado, pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki alimentos, em maio de 2012. O julgamento iniciou na última segunda-feira (28), no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista. O julgamento foi um dos mais longos da Justiça de São Paulo. O juiz Adilson Paukoski deu a sentença às 2h07 desta segunda-feira. Elize ouviu a sentença já vestida com camiseta branca, calça caqui e chinelo de dedos com as mãos para trás.
O juiz não permitiu que se fizesse imagens dela. Elize foi condenada por homicídio, por não ter dado chance de defesa a vítima, por destruição e ocultação de cadáver. Elize já cumpriu quatro anos e meio da pena antes do julgamento. A defesa da bacharel de direito vai recorrer da sentença. A Promotoria não deve recorrer por considerar que o julgamento foi justo, dentro do que Elize merecia pelo crime que cometeu. Ela cumprirá pena no presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde está presa desde 4 de junho de 2012. A defesa alegou que o crime foi cometido como forma de defesa de agressões que Elize sofria durante uma discussão. O casal havia discutido por conta de uma traição. Elize contou que, desesperada, decidiu usar uma faca para esquartejar o corpo em sete partes e jogá-las em Cotia, Grande São Paulo.
Os advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio alegaram ainda que ela agiu sozinha. Para a acusação, ela matou o marido para ficar com o dinheiro dele, que ela deu um “tiro a queima roupa” e que Marcos ainda estava vivo quando Elize esquartejou o corpo dele. A causa da morte não foi o tiro, mas ele ter se asfixiado com o próprio sangue provocado pelo corte no pescoço. O promotor José Carlos Cosenzo ainda suspeita que Elize teve ajuda de outra pessoa para ocultar o corpo e que tenha usado uma serra elétrica para desmembrá-lo. Neste domingo (4), Elize foi interrogada por mais de seis horas e optou por não responder as perguntas da acusação. A ré disse que “não estava normal” quando atirou e disse que se arrependeu de ter atirado. Do Bahia Notícias
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