Fui com minha esposa ao supermercado nesta semana. Não sou de ficar "medindo" o que colocar no carrinho de supermercado. Normalmente pego o que preciso e pronto! A carne para o churrasquinho, o arroz, o feijão e o café, o tempero e as frutas, o azeite, as verduras, a cervejinha do final de semana... Mas desta vez me dei conta de que eu estava com o "pé no freio" e apreensivo. Diminuímos substancialmente a quantidade e a variedade de coisas que compramos - mas, ao passarmos pelo caixa, o susto foi gigante: o valor das compras era maior do que o das anteriores.

O fato é que estamos sendo impedidos até de ter fartura à mesa, de alegrar o domingo com um prato "diferente" para saborear... Tudo está difícil, quase impossível para gigantesca parcela da população. Nos últimos meses, contas consideradas simples (como o supermercado, a de água e a de luz) viraram motivo de preocupação séria. Em minha mesa já não "esbanjo" nada...

O que estará acontecendo com uma família cujos pais estão desempregados? Como fazem aqueles que só podem contar com uma esmola chamada Bolsa Família? O que eles têm para pôr à mesa para seus filhos?

Seja FHC, Lula, Dilma ou Temer, todos são irresponsáveis. Verdadeiros bandidos travestidos de protetores. O nosso povo nunca deixou de fazer a sua parte: pagar exorbitantes impostos. Então o que há de errado? TODOS roubam. E roubam muito!! É esse o dinheiro que falta e que faz diminuir a quantidade de alimentos no meu carrinho de supermercado - mas faz aumentar o valor da conta.

Confesso que, ao olhar a "escassa fartura" em minha mesa e lembrar daqueles que não têm nenhuma defesa, fiquei com vergonha de comer.

A cada dia, a cada hora que passa, mais nojo tenho da classe política deste País.

Por Eraldo Maciel
Foto: Portal Em Tempo