Smartwatch da Asus funciona bem, apesar de não ter alguns recursos; veja nossa análise
O ZenWatch 3 é o primeiro relógio inteligente que a Asus lançou no Brasil. O aparelho se destaca pelo seu design, que o torna muito parecido com um relógio comum, apesar de ter recursos tecnológicos. Seu preço sugerido é de 1.999 reais.
Design
O aparelho tem pulseira feita em couro legítimo, que se ajusta facilmente ao pulso do usuário. A tela circular não gera nenhum desconforto durante o uso no dia a dia, ao contrário do que acontecem com algumas telas retangulares. O acabamento da caixa do relógio é impecável, o que reforça a beleza do produto.
Além da tela sensível ao toque, há três botões para interagir com o sistema: um para o menu, um para ligar o modo avião e outro para configurar rapidamente um novo exercício. Como acontece com alguns smartphones da Asus, o software conta com traduções não muito precisas. Um exercício de agachamento, por exemplo, é chamado no Android Wear customizado da fabricante de “sentar-se”.
O aparelho é resistente à água e à poeira, segundo a certificação IP67. Ele não é um relógio para natação, mas tem proteção para que você possa, por exemplo, lavar louça sem se preocupar. Basicamente, é um recurso que minimiza problemas que podem acontecer no dia a dia.
Usabilidade
O Zenwatch 3 é bem bonito, mas faltam nele recursos tecnológicos importantes. Ele leva as notificações para o pulso do usuário e o Zenfit, o app que agrega todas as suas atividades físicas e até o seu tempo de sono, também é ótimo.
O que os concorrentes têm que o relógio da Asus não tem é GPS, para monitorar suas corridas na rua, e monitor de batimentos cardíacos. Um exemplo de rival com esses recursos é o Samsung Gear S3 Frontier.
O gadget da Asus tem contador de passos e é tão preciso quanto a maioria dos concorrentes. Ou seja, sempre conta para mais a sua movimentação ou quilometragem percorrida. Ainda assim, é muito bom poder correr sem precisar estar com o celular no bolso, seja em uma esteira ou em um parque ou rua.
O sistema Android Wear já está mais maduro em relação à época em que foi lançado, em 2014. Ficou claro agora que o software serve prioritariamente para consultar dados de apps sem precisar pegar o smartphone do bolso. Rodar aplicativos diretamente no relógio não é uma ideia muito boa. Quase não existem apps úteis independentes do relógio e o hardware simples dos smartwatches deixam o desempenho a desejar.
O que dá pra fazer de bom nele? Ler manchetes de notícias, consultar a agenda de compromissos, olhar seus dados de movimentação, fazer pesquisas no Google usando sua voz, visualizar mensagens recebidas no WhatsApp/Messenger/Hangouts/Slack/Twitter e ditar notas que são salvas no Google Keep. Isso tudo certamente justifica a compra de um relógio inteligente como o Zenwatch 3, especialmente para os apaixonados por tecnologia.
Bateria
A bateria do Zenwatch 3 poderia ser melhor. Deixando a tela sempre ligada com pouca iluminação, a bateria do aparelho durou o suficiente para um dia de uso.
O carregador tem um padrão de conexão proprietário, o que nos obriga a tê-lo sempre em mãos em viagens ou dias de uso intenso. Em uso leve, a bateria pode durar até um dia e meio, mas você não pode passar muito tempo com a tela ligada ou vai faltar energia.
Vale a pena?
O Zenwatch 3 é um relógio mais bonito do que inteligente. Ele tem um visual refinado sem igual. No entanto, a falta de recursos tecnológicos pode fazer o consumidor escolher outro relógio. Mas é claro que se a beleza e fidelidade à marca forem os principais itens considerados na compra, certamente o aparelho vale a pena.
Avaliação
7.9/10
Prós: Excelente design, tela de boa qualidade, tem IP67 e útil para ver notificações do celular .
Contras: Compatível apenas com smartphones Android, faltam recursos tecnológicos.
Ficha técnica
Tela: 1,39” (400 x 400 pixels)
Chipset: Qualcomm Snapdragon Wear 2100 quad-core
RAM: 512 MB
Armazenamento: 4 GB
Conexões: Bluetooth 4.1, Wi-Fi 802.11b/g/n 2.4GHz
Proteção: Resistente à água e à poeira (IP67)
Bateria: Até 1 dia e meio de uso moderado
Lucas Agrela/EXAME
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