Grupo Cencosud tirou das prateleiras lotes sob investigação e cobrou esclarecimento a fabricantes e fornecedores.
O Grupo Cencosud – formado pelas marcas G Barbosa, Mercantil Rodrigues, Perini, Prezunic e Bretas –, tirou das suas prateleiras os produtos de lotes sob investigação da Polícia Federal (PF) na Operação Carne Fraca, segundo a empresa, “em linha com o compromisso de manter a excelência na qualidade de serviço”.
Em nota enviada ao CORREIO, a rede informou que “os produtos cujos códigos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) pudessem indicar problemas” foram recolhidos. O Cencosud também exigiu esclarecimento a fabricantes e fornecedores envolvidos nas denúncias e disse estar aguardando um posicionamento dos fornecedores e autoridades competentes.
Questionado se a operação da PF influenciou a comercialização de carne na Bahia, o grupo informou que ainda é cedo para ter essa avaliação.
Assim como o Cencosud, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), que na Bahia está presente nas marcas Extra, Pão de Açúcar e Assaí, disse que ainda é muito cedo para ter um balanço sobre a influência da operação nas comercialização de carne. Por meio de sua assessoria, o GPA disse ainda que “suspendeu a compra das três unidades industriais interditadas durante a operação” e que segue acompanhando o processo de investigação e “cumprindo irrestritamente com as determinações emitidas pelos órgãos fiscalizadores oficiais competentes”.
A rede de supermercados Carrefour no Brasil retirou preventivamente das suas lojas os produtos vindos dos frigoríficos citados nas denúncias da operação Carne Fraca da Polícia Federal. Em nota, a rede varejista informou que o critério para retirada foi a planta frigorífica e não a marca dos produtos.
O Walmart Brasil, dono das marcas Bom preço e Hiper Bom preço, afirmou que entrou em contato com todos os fornecedores citados, solicitando esclarecimento. Sobre o impacto da Operação Carne Fraca na rede varejista, a empresa afirmou que não comenta resultados de venda.
Na avaliação do vice-presidente Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, o consumo de carne não deve ser impactado pela operação. “Não terá reflexos significativos no preço da arroba do boi nem no consumo de carne no mercado interno. Já está provado que o número de fraudes que foi descoberto é insignificante em comparação com o total de frigoríficos”.
Mesmo não tendo sido apontadas quaisquer irregularidades em frigoríficos na Bahia, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, responsável pela fiscalização e inspeção de produtos de origem animal no âmbito estadual, divulgou nota para reafirmar a qualidade da carne comercializada no estado. “Ressaltamos que o Serviço de Inspeção Estadual (SIE), atende integralmente aos padrões de exigência mais rigorosos”, diz o comunicado.
Juliana Montanha
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