Longe da ficção científica por enquanto, companhia de bilionário da tecnologia pode ajudar a melhorar capacidade cognitiva humana.


São Paulo – Neuralink Corp, este é o nome da nova empresa do bilionário Elon Musk, CEO da montadora Tesla e da empresa de foguetes SpaceX.

Musk tem uma meta ousada em sua nova empreitada: conectar o cérebro de seres humanos a máquinas. Com isso, poderíamos nos comunicar com eletrônicos sem precisar interagir com uma interface.

Esse laço neural envolve a utilização de eletrodos implantados no cérebro para que possamos transferir nossos pensamentos para um computador ou vice-versa.

Segundo reportagem do Wall Street Journal – a primeira a ligar Elon Musk com a Neuralink –, isso pode permitir que os humanos atinjam um novo nível de sofisticação cognitiva.

O bilionário já disse no passado que a fusão com máquinas é a única coisa que impediria os humanos de virar futuros escravos da inteligência artificial que está em desenvolvimento atualmente.


“Não gosto da ideia de ser um gato de estimação, mas qual é a solução? Acredito que uma das soluções seria adicionar uma camada de inteligência artificial a nós. Uma terceira camada digital que funcione bem e de maneira simbiótica”, declarou Musk.

A Neuralink ainda está em um estágio embrionário de desenvolvimento e não tem presença pública ou detalhamento do que já conseguiu realizar. A empresa foi fundada em julho de 2015 e agora ganha evidência com a reportagem do WSJ que a liga ao bilionário Musk.

Competição 

Segundo o The Verge, uma companhia do Vale do Silício chamada Kernel já financia uma pesquisa em uma universidade da Califórnia para melhorar a capacidade cognitiva humana.

A ideia é reverter efeitos neurodegenerativos de doenças, além de tornar nossos cérebros melhores com implantes eletrônicos. O fundador da empresa, Bryan Johnson, também confirmou ao site o envolvimento de Musk com a Neuralink.

O Business Insider lembra que o Facebook também explora uma tecnologia semelhante com sua divisão de hardware. Chamada Building 8, ela desenvolve uma tecnologia não invasiva para permitir que as pessoas se comuniquem com eletrônicos.

Por Lucas Agrela