Americanos querem que a China aumente a pressão contra o programa nuclear norte-coreano, mas estão prontos para agir sozinhos.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter dito ao presidente chinês, Xi Jinping, que Pequim obteria um melhor acordo comercial com o país se ajudar Washington a resolver o problema com a Coreia do Norte, mas que os americanos estão prontos para agir sozinhos, segundo a Reuters.

Os americanos querem que a China aumente a pressão contra o programa nuclear norte-coreano. "Expliquei ao presidente da China que o acordo comercial com os EUA será muito melhor para eles se os Estados Unidos eles resolverem o problema!", afirmou Trump no Twitter, nesta terça-feira (11). A declaração é dada alguns dias depois de ter mantido um encontro com o colega chinês.

"A Coreia do Norte busca problemas. Se a China decidir ajudar, isso será genial. Se não, resolveremos o problema sem eles!", escreveu o presidente no Twitter.

Washington anunciou no fim de semana o envio de um grupo aeronaval americano, incluindo o porta-aviões 'USS Carl Vinson', para a península da Coreia, segundo a Reuters.

A Coreia do Norte, por sua vez, denunciou o que chamou de envio "insensato" da Marinha americana e advertiu que Pyongyang está preparado para responder com "a poderosa força das armas" em caso de provocação.


Essa não foi a primeira vez que Trump afirmou que os EUA podem agir sozinhos contra Coreia do Norte.

Programa nuclear

O programa nuclear da norte-coreano provoca tensão com os seus vizinhos. O país é economicamente dependente de Pequim, seu único aliado, e Washington vem tentando há muito tempo convencer a China a usar sua influência para punir Pyongyang.

A revista britânica "The Economist" diz que o presidente chinês atua como uma "tartaruga" e Trump, uma "lebre", correndo em direções diferentes. "Os EUA evitam assumir responsabilidades globais. A China vai por esse caminho", escreve a publicação, segundo a agência Deutsche Welle.

Embora a China tenha demonstrado crescente impaciência com mau comportamento de seu vizinho, está relutante em pressionar demais o país, temendo que o regime entre em colapso, desencadeando uma onda de refugiados através da fronteira.

Por G1