Em visita à Coreia do Sul, Mike Pence disse ainda que 'todas as opções estão sobre a mesa'.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, recomendou nesta segunda-feira (17) que a Coreia do Norte não coloque à prova a "determinação" do presidente Donald Trump frente aos programas balísticos e nucleares de Pyongyang e advertiu que "todas as opções estão sobre a mesa".
Apesar das pressões internacionais, a Coreia do Norte tentou no domingo sem êxito lançar um novo míssil e teme-se que o país esteja se preparando para realizar um sexto teste nuclear.
Segundo Pence, Washington quer alcançar a desnuclearização do Norte "por meios pacíficos, mediante negociações, mas todas as opções estão sobre a mesa e seguimos ao lado do povo da Coreia do Sul". As declarações foram dadas em uma coletiva de imprensa em Seul, depois de visitar a tensa fronteira que separa o Norte e o Sul da Coreia.
"Nestas duas últimas semanas, o mundo foi testemunha da força e da determinação de nosso novo presidente durante operações realizadas na Síria e no Afeganistão", declarou Pence em referência ao bombardeio americano contra uma base aérea do regime sírio e o lançamento de uma superbomba contra extremistas no Afeganistão.
"A Coreia do Norte faria melhor em não colocar à prova sua determinação, ou a potência das forças armadas dos Estados Unidos nesta região", acrescentou Pence junto ao primeiro-ministro e presidente sul-coreano em funções, Hwang Kyo-Ahn.
Trump, que na quinta-feira prometeu que o "problema" norte-coreano seria "tratado", havia anunciado anteriormente o envio à península coreana do porta-aviões Carl Vinson, escoltado por três navios lança-mísseis, e falou de uma "armada" de submarinos.
Trump advertiu que não permitirá que a Coreia do Norte desenvolva mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares até o oeste dos Estados Unidos.
O número dois do regime norte-coreano respondeu no sábado que seu país estava pronto para "responder a uma guerra total com uma guerra total" e "a qualquer ataque nuclear com um ataque nuclear a nossa maneira".
A Coreia do Norte afirma que precisa destas armas, inclusive nucleares, para se proteger da crescente ameaça de invasão por parte das forças americanas.
Zona militarizada
Mike Pence, que chegou no domingo à Coreia do Sul, viajou nesta segunda-feira à fronteira entre as duas Coreias.
Os Estados Unidos, que mobilizaram 28.500 soldados na Coreia do Sul, "aniquilarão qualquer ataque e oporão uma resposta esmagadora e eficaz ante qualquer utilização de armas convencionais ou nucleares", declarou o vice-presidente, convocando a comunidade internacional a pressionar a Coreia do Norte.
"É animador ver a China se comprometer neste sentido", disse Pence. "Mas os Estados Unidos estão preocupados pelas represálias econômicas da China contra a Coreia do Sul depois que ela tomou medidas apropriadas para se defender", disse.
Trata-se de uma referência às medidas adotadas por Pequim em resposta ao escudo antimísseis americano THAAD na Coreia do Sul, cuja mobilização Washington e Seul querem acelerar.
A China, irritada pela instalação tão perto de seu território de um dispositivo americano, que considera uma ameaça contra seus interesses, levou ao fechamento de dezenas de lojas sul-coreanas na China. Para Seul, são medidas de represália contra a mobilização do THAAD.
Trata-se da primeira visita de Pence à Coreia do Sul, uma etapa de uma viagem pela região Ásia-Pacífico que inclui paradas em Japão, Indonésia e Austrália.
Por France Presse
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