Segundo estimativas do SPC Brasil e da CNDL, aproximadamente 109 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste Dia das Mães.
Sete em cada 10 brasileiros pretendem comprar presente no Dia das Mães, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em toda as capitais.
O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o varejo nacional, perdendo apenas para o Natal.
A maior parte dos compradores está receosa para aumentar gastos na comparação com o ano passado, procurando manter o orçamento livre de dívidas. Apenas 10% desses consumidores disseram que têm a intenção de desembolsar mais com os presentes. A maior parte (38%) planeja gastar a mesma quantia que em 2016, enquanto 27% pensam em diminuir. Os consumidores que não vão comprar presentes representam 25% da amostra e os indecisos são 2%.
Segundo estimativas do SPC Brasil e da CNDL, aproximadamente 109 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste Dia das Mães, o que deve injetar quase R$ 14 bilhões nos setores do comércio e serviços.
A necessidade de economizar é a razão mais mencionada por aqueles que pretendem gastar menos no Dia das Mães, citado por 46% dos entrevistados. Outras justificativas são dificuldades financeiras (29%), o cenário econômico instável e aumento da inflação (23%) e o endividamento (14%).
Dentre a minoria que pretende aumentar os gastos com presentes, o desejo de comprar um produto melhor (43%) e o encarecimento dos presentes (40%) são os mais mencionados. Apenas 20% disseram que vão gastar mais porque tiveram melhoria na renda.
Muitos dos consumidores que pretendem comprar presentes já extrapolaram o limite de endividamento. Três em cada 10 (28%) entrevistados declararam ter atualmente alguma conta em atraso, percentual que sobe para 32% entre as pessoas da classe C. Outros 12% dos consumidores admitiram ter o hábito de gastar mais do que podem para presentear as mães e 3% chegaram a ficar com o nome sujo por causa das compras realizadas na mesma data do ano passado.
Maioria vai pagar à vista
O pagamento a vista será o meio mais utilizado por 65% dos consumidores, sendo que em 58% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 6%, no cartão de débito. O cartão de crédito será usado por 23% dos entrevistados, seja em parcela única (7%), em várias parcelas (14%) ou no cartão de loja (2%). Entre os que dividirão as compras, a média é de quatro prestações por entrevistado.
Considerando a soma de todos os presentes adquiridos, o gasto médio do brasileiro deve girar em torno de R$ 127, sendo que a classe C o valor cai para R$ 112. Mais da metade (52%), contudo, não sabe o quanto irá gastar com os presentes, o que evidencia o comportamento cauteloso do consumidor.
A maioria (52%) dos consumidores acredita que os produtos estão mais caros do que em 2016, sendo a crise econômica (65%) o principal motivo mencionado. Há ainda 30% de entrevistados que creditam o aumento dos preços ao fato de ser uma data comemorativa. Apenas 5% estão com a percepção de preços mais baixos neste ano.
A maioria (63%) dos consumidores deve comprar apenas um único presente, principalmente os consumidores da classe C (66%). Os que vão comprar dois presentes para agradar as mães representam 23% da amostra e somente 5% vão comprar três presentes ou mais.
Roupas e perfumes lideram
Neste ano, os produtos mais procurados serão as roupas (26%), perfumes (20%), calçados (11%), cosméticos (8%) e flores ou chocolates (7%). Produtos com ticket médio mais elevado, como eletrodomésticos e smartphones, tiveram apenas 5% e 3%, respetivamente, das preferências.
Quanto aos locais de compras, os shopping centers são os destaques, com preferência de mais de um quarto (25%) dos entrevistados. As lojas de rua (20%), lojas de departamento (7%), shopping populares (7%) e revendedores de cosméticos (4%) completam a lista. Somente 3% vão usar a internet para comprar o presente das mães e 24% ainda não se decidiram sobre onde realizar as compras. Para escolher o local, os fatores mais decisivos são o preço (61%), a qualidade dos produtos ofertados (38%) e as promoções e descontos (32%).
A pesquisa ainda revela que os entrevistados manifestaram a intenção de presentear não apenas as próprias mães, citadas por 71%, como também as esposas (16%), sogras (11%), filhas (6%) e avós (6%). O destaque entre gêneros é que, além das próprias mães, as mais presenteadas pelas mulheres serão as sogras (16%), ao passo que entre os homens, as esposas (31%).
Por G1
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