Primeiro confronto será às 21h45, na Ilha do Retiro; jogo de volta será dia 24, na Fonte Nova.


Separe sua camisa do Esquadrão, prepare a pipoca e coloque a cerveja para gelar. O Bahia começa a decidir nesta quarta-feira (17), às 21h45, na Ilha do Retiro, o título da Copa do Nordeste. Depois de dois anos, o clube volta a disputar uma decisão da competição e o rival é um velho conhecido: o Sport. 

O primeiro duelo será marcado pelos desfalques. Ao todo seis jogadores estão fora. Armero, Edson e Régis, todos suspensos, não jogarão no Recife. Outros três atletas têm problemas médicos. Jackson voltou a machucar o joelho e está vetado, mesmo caso de Wellington Silva. Já o atacante Hernane ainda se recupera da lesão sofrida na tíbia na semifinal contra o Vitória.

Matheus Reis entra na lateral esquerda e Renê Júnior, recuperado de lesão na coxa, formará a dupla de volantes com Juninho. O grande problema para o técnico Guto Ferreira será escolher o substituto de Régis.

Artilheiro do time no ano com 11 gols e da Copa do Nordeste com seis, o meia foi expulso no segundo jogo da semifinal e está suspenso. Diego Rosa deve ser o substituto. Outra opção seria colocar o centroavante Gustavo e mover Allione ou Zé Rafael para a faixa central do meio-campo. O substituto só será revelado minutos antes da bola rolar. 


“São situações que geram uma dúvida. O que vai acontecer? Qual o desempenho de quem vai entrar? Uma coisa pode ter certeza, quem entrar vai estar muito motivado e vai ocorrer tudo bem. Vai fazer um grande jogo. Tenha certeza disso”, confirma Guto, que só permitiu o acesso da imprensa nos minutos iniciais do treino de terça-feira (16), no Fazendão.

A boa notícia para o treinador é que o zagueiro Lucas Fonseca, recuperado de dor na coxa, vai para o jogo. 


Amadurecido 

A goleada por 6x2 aplicada sobre o Atlético-PR na primeira rodada do Brasileirão deu moral ao time. Para o técnico Guto Ferreira, o momento vivido pelo tricolor é fruto do amadurecimento da equipe. 

“Fizemos dois Ba-Vis fora de casa com essa situação dentro de campo, a atitude, a situação de brigar por cada palmo. O principal, postura, atitude, o Bahia teve. O resultado pode não ter fluído nos dois Ba-Vis fora de casa, mas o Bahia jogou bem e conseguiu ter atitudes importantes. O único jogo fora de casa que ficamos aquém foi o Paraná Clube. Ainda assim, o jogo era jogado o tempo todo em contra-ataque. O Bahia mostrou que amadureceu em cima dessa situação e o retrospecto fora de casa tem sido diferente”, aponta o treinador.

Com a vantagem de decidir o título em casa, Guto destaca a importância de fazer gols fora e construir um bom cenário para o jogo da volta, dia 24, na Fonte Nova.

“Nesse critério, a importância de marcar gols fora é total. Aquele golzinho no Barradão, na semi, nos trouxe tranquilidade de trabalhar por um triunfo simples. Depois conseguimos 2x0. Esse 2x0 deu a tranquilidade de não sermos eliminados de imediato em caso de tomar um gol, e no final do jogo a tranquilidade de administrar os dois brigando pelo terceiro. São situações que, dentro da estratégia de jogo, te fortalecem. Um, dois, três gols fora sempre serão bem-vindos”, assinala.

A importância de fazer gol como visitante está prevista no regulamento, já que o gol fora de casa é critério de desempate. Se o jogo desta quarta terminar 1x1, por exemplo, um empate em 0x0 na volta dará ao Bahia o tricampeonato - foi campeão em 2001 e 2002.

O Sport tenta o tetra, repetindo 1994, 2000 e 2014. Neste ano, o Leão pernambucano chega à decisão por mostrar grande capacidade de reação. No mata-mata, o Sport perdeu o jogo de ida das quartas de final (Campinense) e o da semifinal (Santa Cruz), mas venceu a partida de volta e classificou.

Gabriel Rodrigues - Rede Bahia