Defesa do ex-presidente e Ministério Público haviam pedidos novos interrogatórios; na recusa, juiz estabeleceu prazo para alegações finais das partes.


O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em primeira instância, recusou nesta segunda-feira o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministério Público Federal (MPF) para ouvir novas testemunhas no processo em que o petista depôs na semana passada. Moro também estabeleceu os prazos para que as partes interessadas – MPF, Petrobras e advogados de defesa – façam suas alegações finais na ação.

Em seu despacho, publicado no sistema eletrônico da Justiça Federal nesta manhã, traz como justificativa serem “desnecessárias” novas diligências. O juiz também recusou outros pedidos da defesa, como o acesso à auditorias internas e ao processo de recuperação judicial da construtora OAS.

Outra solicitação é um pedido de informação sobre um suposto acordo de colaboração premiada de Léo Pinheiro, proprietário da OAS, ao passo em que Moro afirma que, em seu interrogatório, Pinheiro afirmou não ter celebrado um acordo do tipo. Moro decidiu que, caso seja firmado um acerto que não esteja sob sigilo, cabe ao MPF anexá-lo ao processo nas alegações finais.

O juiz decidiu que o Ministério Público terá o prazo de 25/05 a 02/06 para encaminhar a sua conclusão do processo. A Petrobras, parte interessada, entre os dias 5 e 6. E a defesa de Lula, por fim, do dia seguinte até o dia 20 de junho. Encerrada essa fase, Moro poderá proferir sentença e condenar, ou não, o ex-presidente.

Por Guilherme Venaglia