Com o nome de “Prever Prevenção”, a pesquisa foi organizada com a participação de 31 cientistas de estados brasileiros e dos Estados Unidos.


Pesquisadores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) mostrou por meio de um estudo de âmbito nacional que o tratamento contra a pressão alta é mais eficaz se iniciado durante a fase de pré-hipertensão. Com o nome de “Prever Prevenção”, a pesquisa foi organizada com a participação de 31 cientistas de estados brasileiros e dos Estados Unidos, segundo informações da Agência Brasil.

Os pacientes escolhidos para o estudo precisavam registrar pressão arterial entre 120/80 milímetro Hg (mmHg) e 139/89 mmHg - na fase de pré-hipertensão. Inicialmente eles receberam orientações e material de apoio para modificar alguns hábitos como alimentação e prática de exercícios físicos. “Se a pessoa não reduzisse a pressão em três meses, tendo esse apoio, tendo esse material ilustrativo, ela era então convidada para participar do estudo propriamente dito”, contou uma das coordenadoras da pesquisa, Sandra Fuchs, professora de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Depois de um ano e meio, usando o diurético à base de clortalidona e amilorida, os cientistas constataram que houve uma redução de quase 45% de pressão alta nos pacientes, em comparação com os que receberam o placebo. Ainda foi verificada a redução da massa ventricular do coração nos pacientes.

Para professora Sandra Fuchs, os resultados do estudo deveriam nortear mudanças nas diretrizes nacionais de tratamento da hipertensão. “Não podemos mais aceitar que um sujeito com 135 mmHg seja mandado para casa sem nenhum medicamento, apenas com orientações para mudanças no estilo de vida”, defendeu a cientista que usou o medicamento composto de clortalidona e amilorida, um medicamento de custo menor, em relação ao distribuído pelo Sistema Único de Saúde, Losartana. 

A pesquisa também foi realizada com pacientes na fase de hipertensão, divididos em dois grupos. Após um ano e meio, pacientes que tomaram a medicação da pesquisa apresentaram redução de 2,3 mmHg na pressão sistólica em comparação com aqueles que usaram a medicação do SUS. 

Bahia Notícias