O ranking Connected Smart Cities avaliou mais de 500 municípios brasileiros e listou os 50 melhores no quesito mobilidade e acessibilidade

Apesar das mudanças no projeto de ampliação de ciclovias imposto pela gestão João Doria, São Paulo foi eleita novamente como a melhor cidade brasileira em mobilidade urbana e acessibilidade.

A ressalva foi feita pela própria Urban Systems, que montou o ranking Connected Smart Cities. A presença de São Paulo no topo do ranking é justificado pela boa integração entre meios de transporte, mais de 400 km de extensão de ciclovias (que privilegiam o transporte não-poluente), ampla rede de metrô e trem, maior cobertura dos serviços de transporte compartilhado (aplicativos como Uber, 99 e Cabify, por exemplo), além das três rodoviárias e dois aeroportos.

A pontuação leva em consideração oito critérios: proporção entre ônibus e automóveis; idade média da frota dos meios de transporte públicos; quantidade de ônibus por habitante; variedade dos meios de transporte; extensão de ciclovias; rampas para cadeirantes (acessibilidade); número de voos semanais (conectividade com outras cidades); e transporte rodoviário.

Todos os quatro primeiros lugares do ranking repetiram as posições do ano passado: São Paulo (SP), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).

Um destaque foi a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, que não entrou nem no ranking das 50 melhores no ano passado mas já apareceu em 10º lugar em 2017.

Segundo a Urban Systems, a proporção de ônibus por automóvel na cidade é grande (98 ônibus para cada carro particular), bem como a de ônibus por habitante (21 para cada mil pessoas).

Curvelo ainda não tem aeroporto, mas o governo estadual já anunciou um projeto de integração, que prevê a construção de um terminal na cidade (e em outros 11 municípios), o que vai melhorar a conectividade.

Veja o ranking completo das 50 cidades mais acessíveis do Brasil:

2017 2016 Município Pontuação
              1 São Paulo (SP) 3,381
              2º Brasília (DF) 3,32
              3º Rio de Janeiro (RJ) 3,195
              4º Curitiba (PR) 2,285
              7º Belo Horizonte (MG) 2,243
              10º Fortaleza (CE) 2,007
              27º Salvador (BA) 1,94
              8º Porto Alegre (RS) 1,915
              22º Recife (PE) 1,758
10º               – Curvelo (MG) 1,723
11º               11º Teresina (PI) 1,7
12º               16º São Caetano do Sul (SP) 1,659
13º               9º Guarulhos (SP) 1,647
14º               – Moju (PA) 1,628
15º               37º Nilópolis (RJ) 1,61
16º               18º Valinhos (SP) 1,568
17º               5º Campinas (SP) 1,561
18º               – Lauro de Freitas (BA) 1,533
19º               23º Osasco (SP) 1,527
20º               6º Goiânia (GO) 1,527
21º               – Parauapebas (PA) 1,517
22º               – João Pessoa (PB) 1,516
23º               – Maceió (AL) 1,484
24º               – Barcarena (PA) 1,465
25º               – Barueri (SP) 1,45
26º               12º Balneário Camboriú (SC) 1,44
27º               43º Mauá (SP) 1,43
28º               – Caieiras (SP) 1,421
29º               – Natal (RN) 1,415
30º               21º Vitória (ES) 1,404
31º               – Parnamirim (RN) 1,4
32º               – Contagem (MG) 1,398
33º               – Várzea Paulista (SP) 1,397
34º               26º Jundiaí (SP) 1,396
35º               – Tobias Barreto (SE) 1,364
36º               40º Palmas (TO) 1,36
37º               – Juazeiro do Norte (CE) 1,359
38º               – Altamira (PA) 1,352
39º               – São João de Meriti (RJ) 1,349
40º               – Ribeirão Pires (SP) 1,339
41º               – Manicoré (AM) 1,323
42º               – Poá (SP) 1,31
43º               – Simões Filho (BA) 1,303
44º               – Rio Largo (AL) 1,29
45º               – Surubim (PE) 1,286
46º               – Suzano (SP) 1,28
47º               – Esteio (RS) 1,279
48º               – Crato (CE) 1,271
49º               39º Aracaju (SE) 1,267
50º               – Acará (PA) 1,261 

Por Luiza Calegari de Exame.com