As chamas foram totalmente apagadas, mas ainda há dúvidas quanto à resistência do que restou
PARIS - O incêndio que destruiu parte da Catedral de Notre-Dame, em Paris, foi totalmente apagado nesta terça-feira, 16, mas ainda há dúvidas quanto à resistência da estrutura deste símbolo da cultura europeia. Nesta manhã, o porta-voz dos bombeiros da cidade, Gabriel Plus, anunciou que as equipes estão “em fase de perícia”. As bilionárias famílias francesas Pinault e de Bernard Arnault, dona do grupo de artigos de luxo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, se comprometeram a doar cerca de € 300 milhões para a reconstrução do local.
O procurador de Paris, Rémy Heitz, afirmou que as autoridades privilegiam a tese de acidente para o incêndio, já que "nada aponta para um ato voluntário". "Cinco empresas trabalham no local. Hoje começaram a prestar depoimento os operários destas empresas. Estão previstos 15", disse Rémy Heitz à imprensa diante da catedral, antes de indicar que a polícia judicial mobilizou quase 50 investigadores para o caso.
Os bombeiros seguiam trabalhando sob os olhares de parisienses e turistas que se aproximavam para ver com seus próprios olhos o estado da catedral, localizada no coração de Paris. Milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam horrorizadas a evolução do fogo que ardeu intensamente durante mais de 12 horas. Ele começou na parte superior da estrutura gótica, destruindo parte do telhado.
"A tarefa dos bombeiros de Paris até esta manhã era preservar os dois campanários, Norte e Sul, para assegurar que as torres não fossem prejudicadas." O porta-voz dos bombeiros celebrou a "preservação dos campanários, das duas torres e das obras". A equipe vigia as estruturas, sua movimentação e trabalha para "apagar os focos residuais", completou. Ele também indicou que "parte da abóbada desabou na nave central" e que 100 bombeiros ainda estão mobilizados e permanecerão no local durante o dia.
Plus detalhou um balanço material "dramático": "todo o teto foi atingido, parte da abóbada caiu, a flecha não existe mais". As duas torres emblemáticas permaneceram de pé, assim como a grande rosácea da fachada sul, mas uma porta parcialmente aberta permitiu observar uma pilha de escombros e algumas vigas no chão.
Redação, O Estado de S.Paulo
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