Em um ano, 1.155 checagens. A equipe do Fato ou Fake verificou, no período, 764 frases ditas por políticos e 391 boatos disseminados na internet e no celular desde o início do projeto.
O Fato ou Fake foi lançado em 30 de julho de 2018 com o objetivo de alertar os brasileiros e esclarecer o que é notícia (fato) e o que é falso (fake).
Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. Jornalistas fazem um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp.
Cada um dos veículos publica as checagens feitas em conjunto. Ao juntar forças entre as diversas redações, tem sido possível verificar mais – e mais rápido.
O projeto teve destaque durante o período eleitoral, mas o trabalho continua. Apenas em 2019, são mais de 150 boatos checados pela equipe.
Entre os exemplos estão checagens sobre o desastre de Brumadinho, o conflito na Venezuela e a reforma da Previdência.
A equipe do Fato ou Fake tem um passo a passo de como verificar se uma foto, um tuíte, um vídeo, um post ou um texto são falsos.
Metodologia
Os jornalistas monitoram as redes sociais por meio de um amplo leque de ferramentas e trocam dados entre si sobre o resultado do monitoramento. Leitores também podem sugerir checagens.
Após a constatação de que uma mensagem tenha sido muito compartilhada nas redes sociais, os jornalistas investigam a fonte que deu origem a ela, se está fora de contexto ou é antiga e se as imagens apresentadas correspondem ao que é narrado.
Em seguida, são ouvidas as pessoas citadas. A apuração segue com a manifestação de fontes oficiais, testemunhas e especialistas que possam ajudar a esclarecer o que está escrito ou dito na mensagem.
O principal critério de checagem é a transparência de informações, baseada em três pilares:
· Transparência de fontes: o objetivo é que o leitor veja com clareza o caminho de apuração percorrido pelo jornalista. Para isso, todas as fontes consultadas durante a checagem são identificadas no texto, sejam elas pessoas ou instituições
· Transparência de metodologia: o processo de seleção da mensagem a ser checada, a apuração e a classificação da checagem são claras, deixando em destaque o que levou a informação a ser checada, como ocorreu a apuração e o motivo da classificação como fato ou fake
· Transparência de correções: caso haja alguma modificação na checagem que tenha comprometido a sua publicação original, essa alteração estará devidamente identificada na reportagem
Os títulos das checagens publicadas são sempre claros, já deixando em destaque se é verdadeira ou falsa. Os selos utilizados para classificar as mensagens também são destacados para evitar interpretações dúbias.
Os selos
Fato - quando o conteúdo checado é totalmente verídico e comprovado por meio de dados, datas, locais, pessoas envolvidas, fontes oficiais e especialistas.
Não é bem assim - quando é parcialmente verdadeiro, exagerado ou incompleto, exigindo um esclarecimento ou uma maior contextualização para ser totalmente compreendido.
Fake - quando não se baseia em fatos comprovados por meio de dados, datas, locais, pessoas envolvidas, fontes oficiais e especialistas.
Fonte: Portal Extra
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