Saber desenvolver a equipe, delegar tarefas e acompanhar resultados é essencial para evitar sobrecarga, acomodação e entregar resultados
O bom líder é aquele, que como Maestro, não toca nenhum instrumento, mas rege a orquestra. É o que acredita a especialista em estratégia e gestão Janaina Manfredini, da Effecta. Para ela, um gestor de alta performance é aquele que sabe delegar as tarefas para conseguir cumprir com suas funções e melhorar os resultados da empresa.
Desta forma, os colaboradores são desenvolvidos, aumentando a autoestima, motivação e o reconhecimento das contribuições de cada um.
Nas organizações, muitos líderes acabam ficando sobrecarregados por não conseguirem delegar tarefas, seja por não terem desenvolvido seus times, ou por não confiar neles ou, até mesmo, por não terem autoconfiança suficiente. Para evitar esse problema, que também causa desmotivação e acomodação nas equipes, Janaina sugere a implementação do "DDA da gestão", esquema que engloba desenvolver, delegar e acompanhar funções. "São três passos que estão amarrados entre si. O líder precisa delegar tudo aquilo que pode ser delegado, que não é só ele que pode executar. Para isso, precisa de uma equipe desenvolvida, se não tiver, terá que desenvolver. E, por último, acompanhar os resultados das tarefas”, explica.
A especialista explica cada uma dessas três características fundamentais para um bom líder:
1. Desenvolver
Os líderes sobrecarregados abraçam todas as funções e não delegam as atividades como deveriam. Dependendo da maturidade do seu time, precisará de mais orientação, treinamento e acompanhamento. Em alguns casos, o líder fará isso em conjunto com o RH da Empresa, em outros precisará de um parceiro externo como, por exemplo, para o desenvolvimento de habilidades específicas ou soft skills. O importante é que o Gestor esteja ciente e atento à sua responsabilidade de se desenvolver e desenvolver seu time.
2. Delegar
Para delegar, o primeiro passo é gerar um ambiente de confiança mútua. Depois o líder deve observar o nível de maturidade do colaborador referente à tarefa delegada. Se ele não tem maturidade com a tarefa, o líder precisará ser mais professoral, acompanhando seu liderado na execução da tarefa, do início ao fim, dando-lhe instruções específicas, sendo mais orientador. Quando a maturidade é média, o líder exerce um papel de mentor, orientando em algumas partes da execução e acompanhando o andamento do início ao fim. Já na alta maturidade, o líder alinha resultados esperados e acompanha quando necessário ou solicitado, já que quem tem alta maturidade consegue enxergar os momentos em que é relevante a intervenção do seu líder, vale lembrar que acompanhar indicadores e resultados de meio e fim de processo devem fazer parte da rotina do líder e dos combinados com o time.
3. Acompanhar
Independentemente da maturidade do time, ter uma rotina de gestão que envolve as conversas sobre performance, as conversas sobre os projetos em andamento, sobre os resultados do período é essencial para uma boa liderança e boa gestão. O não acompanhamento leva muitos gestores a discutirem o passado insatisfatório depois que nada mais pode ser feito. Então é importante adequar a rotina ao momento da empresa e do time, é importante deixar datas e resultados esperados combinados, bem como a “porta aberta” para suporte. Afinal, o responsável final pelo resultado é quem ocupa a cadeira de Líder.
Fonte: Administradores.com
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