Alfred Chestnut, Andrew Stewart e Ransom Watkins cumpriam prisão perpétua pela morte de um jovem de 14 anos, assassinado em uma escola de Baltimore em 1983. Polícia coagiu pessoas para que apontassem os três, então com 16 anos, como autores do crime.

Três homens negros de Baltimore, no leste dos Estados Unidos, que passaram 36 anos na prisão, foram inocentados nesta segunda-feira (25) da morte de um adolescente em 1983.

"Estes três homens foram condenados quando eram jovens por uma ação irregular da polícia e da promotoria", disse a advogada do estado de Baltimore Marilyn Mosby, após o trio ser formalmente inocentado por um juiz local e libertado da prisão.

Alfred Chestnut, Andrew Stewart e Ransom Watkins cumpriam prisão perpétua pela morte de Dewitt Duckett, um estudante de 14 anos, na escola Harlem Park de Baltimore.

Duckett tomou um tiro no pescoço dentro da escola e teve sua jaqueta da Universidade de Georgetown roubada.

Foi o primeiro tiroteio fatal envolvendo um estudante em uma escola pública de Baltimore, e isto chamou a atenção da imprensa.

"Merecem muito mais que uma desculpa. Devemos a eles uma indenização real, e vou lutar por eles", disse Mosby.

Inicialmente, testemunhas apontaram para apenas um autor do crime, mas a polícia coagiu as pessoas para que denunciassem "os três homens, todos adolescentes negros de 16 anos (...), para montar o caso".

Após o crime, Chestnut foi visto com uma jaqueta da Georgetown, mas sua mãe apresentou o recibo da compra, o que foi ignorado pelos investigadores.

Fonte: G1