Reportagem feita por Georgina Maynart foi exibida hoje no portal

O portal Correio 24 Horas exibiu hoje uma reportagem feita pela Georgina Maynart, aonde conta um pouco sobre a corrida dos Bandeirantes em busca de ouro em Jacobina, há cerca de 400 anos. A matéria, que poderá ser vista na íntegra no site (clicando aqui) foi extraída pelo Jacobina Notícias, confira o recorte:

Garimpo povoou o sertão baiano: Bahia já teve ciclos do ouro e de diamante
No Pico do Jaraguá a vista panorâmica é de tirar o fôlego. No alto, imensos paredões rochosos se destacam na paisagem cinza do extremo semiárido baiano. Lá embaixo, a cidade encrustada no meio do vale abriga mais de oitenta mil pessoas. É Jacobina. 
Hoje o acesso é fácil. Estradas interligam o município as outras partes do estado. Mas há 400 anos era difícil chegar nestas terras. 

Vencer a caatinga seca e o longo percurso do litoral ao sertão se revelava um desafio fenomenal para quem sonhava chegar no antigo vilarejo, conhecido na época como Missão de Nossa Senhora das Neves.

Naquele tempo, no auge do Brasil Colônia, as carroças eram os únicos meios de transporte e a viagem chegava a durar vários dias. O esforço parecia valer a pena. Não foi à toa, que ainda no meio do século XVII, muita gente se deslocou para esta região. Eram pessoas que sonhavam em encontrar as riquezas minerais abundantes, descritas em histórias que se espalharam pela antiga colônia portuguesa.

Bandeirantes, garimpeiros e aventureiros tinham pressa. Afinal, a Coroa Portuguesa demorou mais de duzentos anos para encontrar nesta capitania o tão cobiçado ouro, e nesta época as minas das Gerais já estavam em declínio. 

Neste período aparecem personagens como Robério Dias, Belchior Dias Moreira, Antônio de Brito Correia e Guedes de Brito. A exploração de ouro cresceu tanto que já no século XVIII, em 1722, através de Carta Régia, o vilarejo foi erguido ao posto de freguesia de Santo Antônio de Jacobina. 

Quatro anos depois, na tentativa de aumentar a arrecadação do dizimo, o governador da província determinou a criação de uma casa de fundição no município. Em apenas dois anos a mina de Jacobina gerou quase 4 mil libras de ouro. Há quem diga que poderia ter sido muito mais, se a exploração de ouro já não estivesse fora do controle oficial. 

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