O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta quinta-feira, 9, que o avião que caiu em Teerã pode ter sido derrubado por engano pelo Irã. O desastre matou todas as 176 pessoas a bordo. A aeronave, que seguia para Kiev, caiu pouco depois dos bombardeios iraniano a bases americanas no Iraque.
Perguntado sobre o episódio por jornalistas na Casa Branca, o republicano respondeu que tinha suas “suspeitas” sobre o caso. “Alguém pode ter cometido um erro do lado de lá. Não o nosso sistema. Não tem nada a ver conosco”, frisou Trump. “(O avião) estava voando em uma vizinhança complicada. Eles podem ter se enganado. Alguns dizem que pode ter sido uma falha técnica, mas pessoalmente eu não acredito que seja essa a questão.”
“Algo terrível aconteceu. Devastador”, completou o presidente americano.
Ao mesmo tempo, a imprensa americana está citando funcionários do Pentágono que afirmam sob anonimato que é muito provável que a aeronave tenha sido derrubada por engano por mísseis iranianos. A hipótese seria reforçada pelos dados de satélites e radares colhidos pelos setores de inteligência dos Estados Unidos.
Segundo o jornal The Washington Post, uma autoridade americana disse que a queda do avião foi causada por um míssil terra-ar SA-15, um sistema de defesa antiaérea de fabricação russa, também conhecido Tor.
Quando perguntado se achava que poderia ter sido um acidente, Donald Trump disse: “Eu não sei. Isso é com eles”. O americano pediu que a caixa-preta, assim que liberada, se tornasse responsabilidade da Boeing, mas afirmou que “se eles a derem para a França ou para outro país, tudo bem também.”
No acidente, todos os passageiros e tripulantes morreram: 82 iranianos, 63 canadenses, onze ucranianos, dez suecos, quatro afegãs, três britânicos e três alemães.
A queda do Boeing 737-800 da empresa aérea Ukraine International Airlines ainda não foi elucidada pelas autoridades iranianas, que sofrem pressão da Ucrânia, do Canadá e dos Estados Unidos em um momento de frágil trégua entre Washington e o regime dos aiatolás.
Fonte: Veja
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