Senador Cid Gomes foi encaminhado para o Hospital do Coração de Sobral e está sob cuidados médicos
O ex-ministro Ciro Gomes disse que seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT) — atingido nesta quarta-feira durante um motim de policiais na cidade de Sobral, no Ceará — foi vítima de "dois tiros de arma de fogo". Ao avançar com uma retroescavadeira para cima dos manifestantes, o parlamentar foi atingido também por estilhaços do veículo em que estava. No protesto, os agentes de segurança revindicavam aumento salarial.
Pelo Twitter, Ciro chamou os policiais em greve de marginais e pediu ação das autoridades.
"Meu irmão Cid Gomes foi vítima de dois tiros de arma de fogo por parte de policiais militares amotinados e mascarados em Sobral, nossa cidade. Até aqui as informações médicas são de que as balas não atingiram órgãos vitais apesar de terem mirado seu peito esquerdo. Novos exames estão sendo feitos mas a palavra aos familiares e amigos é de que Cid não corre risco de morte. Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei".
Encaminhado para o Hospital do Coração de Sobral, onde passa por um processo de estabilização, Cid Gomes será transferido para a Santa Casa de Saúde ainda nesta quarta-feira. Segundo a unidade de saúde em que ele está, uma bala atingiu a clavícula e outra o pulmão esquerdo. A prefeitura da cidade informou que o senador foi atingido por munição de uma pistola calibre .40.
Cid, que está licenciado do cargo desde dezembro, pilotava a retroescavadeira e tentava furar o bloqueio feitos pelos policiais no centro de Sobral. Durante a confusão, tiros foram disparados na direção dele e atingiram também os vidros do veículo. Pessoas que acompanhavam a operação gritaram desesperadas.
Os policiais e bombeiros militares tentam aumento de salário desde dezembro do ano passado. O governo anunciou um pacote de reajuste no final de janeiro deste ano, que foi rechaçado pelas categorias. Depois de mais uma oferta de aumento, os policiais decidiram não só recusar o aumento como passaram a realizar atos pelo estado. Batalhões da PM chegaram a ser atacados por homens encapuzados.
O Globo
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