Apesar do crescimento das contratações, a taxa de PcD no mercado ainda é baixa
Conseguir uma vaga de trabalho não é uma tarefa fácil no cenário atual do Brasil. Com os índices de desemprego ainda em alta, muitos profissionais enfrentam dificuldades em conseguir uma colocação satisfatória no mercado de trabalho.
Neste cenário de dificuldades, no entanto, pode-se perceber que alguns grupos enfrentam mais dificuldades na busca por uma inserção no mercado de trabalho, como é o caso das pessoas com deficiência (PcD).
Em 2018, estima-se que o número de contratações de PcD no Brasil tenha batido recorde, crescendo em 20,6% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa do antigo Ministério do Trabalho. No entanto, embora a Lei 8.213/1991 estabeleça a política de cotas para inclusão de pessoas com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho, a taxa de inclusão de PcD no mercado ainda é pouco representativa em relação ao total de empregos do país.
De acordo com o último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 6,7% de brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência e menos de 1% do total de empregos formais do Brasil são ocupados por estes indivíduos.
“Muitas empresas têm dificuldade em enxergar o potencial e talento de profissionais que têm alguma deficiência” afirma Thomas Carlsen, COO da mywork, startup de controle de ponto online. “Muitas vezes as corporações perdem funcionários extremamente qualificados para as vagas por não estarem dispostas a adequar as atividades ou o ambiente de trabalho às necessidades da PcD”, afirma o executivo.
Segundo o Ministério do Trabalho, caso a lei fosse cumprida efetivamente, haveria um total de 827 mil postos de trabalho para PcD no país.
Ao contratar funcionários que possuam alguma deficiência, as empresas dão um passo na direção de uma gestão de pessoas mais inclusiva, diversa e focada nas necessidades individuais de seus funcionários, além de possibilitarem a independência e desenvolvimento profissional destes indivíduos. Quando alocados em funções compatíveis com suas habilidades e dispondo dos recursos ideais, profissionais com deficiência podem ser tão produtivos quanto qualquer outro funcionário.
Por Administradores.com
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