São Paulo é responsável por mais da metade dos casos (152)
São Paulo é responsável por mais da metade dos casos (152). Em seguida vêm Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina (7), Rio Grande do Sul e Paraná (6), Minas Gerais (5), Goiás (3), Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco (2). Amazonas, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Norte registram um caso confirmado de coronavírus (um caso por unidade da Federação).
Já os casos suspeitos ultrapassaram os 2 mil, chegando a 2.064. São Paulo lidera com 1.177, seguido por Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (109), Distrito Federal (107) e Rio de Janeiro (96).
Os descartados ficaram em 1.624. Ainda não foram notificadas mortes em razão da doença. Já não há nenhuma unidade da federação sem casos confirmados ou suspeitos, o que existia até semana passada (Roraima e Amapá).
Desses, mais da metade é de casos importados (pessoas que contraíram o vírus em viagens para fora do Brasil). Outros 34% são situações de transmissão local (quando uma pessoa infectada contamina outra na mesma cidade).
DF fora da lista
A transmissão comunitária (quando as autoridades de saúde não conseguem mais identificar a cadeia de transmissão) ocorre em São Paulo e Rio de Janeiro, com 13 e 8 casos, respectivamente. O Distrito Federal havia informado situações como essa, mas conseguiu identificar a origem dos casos como importados e saiu desta lista. Das 234 pessoas infectadas, 18 estão internadas.
Leitos
O Ministério da Saúde anunciou hoje a disponibilização de dois mil novos leitos volantes de Unidades de Tratamento Intensiva (UTIs) por seis meses. Atualmente há 55 mil espaços deste tipo no país, sendo a metade no Sistema Único de Saúde e a metade em hospitais particulares. Contudo, a rede pública atende 75% da população, enquanto a privada, 25%.
Parte destes leitos será distribuída a todos os estados proporcionalmente à população. Uma outra parcela será repassada de acordo com a necessidade. A estimativa é sejam investidos R$ 396 milhões para contratação e R$ 260 milhões para manutenção por seis meses. Os estados entrarão com recursos humanos e os espaços físicos.
“Estamos sugerindo a suspensão de procedimentos cirúrgicos, o que vai reduzir volume de pessoas. Vamos modificar critérios de ingresso e saída de UTI. Quanto aos privados, vamos regular esses leitos. Queremos saber qual é a ocupação, quem tem leito ocioso e se for necessário vamos requisitar leitos privados para atendimento à população brasileira”, informou o secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis.
A equipe do Ministério anunciou também o bloqueio da exportação de equipamentos e materiais utilizados em UTIs, como ventiladores, respiradores, monitores, luvas, máscaras. O objetivo é que esses bens sejam direcionados para atender às demandas dos serviços de saúde aqui no Brasil.
Testes
Durante a entrevista coletiva de atualização, a equipe do ministério foi questionada sobre as recomendações apresentadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de fortalecer os testes. Os representantes do ministério reafirmaram que nos estados com casos importados e transmissão local, os testes estão sendo feitos em pessoas com sintomas, vínculo epidemiológico com a doença e que tenham viajado. Por enquanto, onde há transmissão comunitária, a prioridade é dada a paciente em estado grave.
Entretanto, os gestores acrescentaram que a pasta estuda a possibilidade de comprar testes rápidos. “É possível que o MS faça uma aquisição e importação de testes rápidos, que não dependem de envio de material para laboratórios. Isso está em fase de discussão”, comentou o secretário executivo.
Mais Médicos
Os secretários da Saúde comentaram também a contratação de 5,1 mil médicos dentro do programa Mais Médicos. O governo irá permitir a entrada no programa de cubanos que tenham atuado no momento anterior à ruptura da cooperação existente na transição para o governo Bolsonaro. A seleção começará com profissionais brasileiros com registro no conselho da categoria ou com diploma revalidado. Até hoje, 4,4 mil médicos já haviam se inscrito no edital.
Caso as vagas não sejam preenchidas, os médicos cubanos poderão ser convidados, em uma seleção específica e desde que cumpram algumas exigências, como terem sido naturalizados, terem pedido de refúgio ou que tenham solicitado residência no país.
Além disso, poderá haver convocações específicas para estudantes do último ano de cursos da saúde para desempenhar atividades acessórias, bem como de médicos voluntários que poderão contribuir com as ações de assistência.
Fonte: Agência Brasil
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