A lição fez efeito. O primeiro domingo após a interdição da orla da Barra foi marcado por um número menor de corredores no local, um indicativo de que as pessoas entenderam de que a aglomeração pode levar a prefeitura suspender de vez a práticas de exércios na região como medida de combate à covid-19. "Acredito que as pessoas entenderam o recado. Está muito diferente. Se a aglomeração continuasse, a expansão do vírus seria bem maior. É estranho ver o Farol da Barra vazio. Lá fora (exterior), as pessoas passaram por tudo isso e já estão reabrindo com cautela. É necessário pensar no agora para usufruir depois", declarou a enfermeira Isabela Cristina, 43 anos.
Desde sexta-feira que a orla da Barra voltou a ser frequentada pelos corredores através de um protocolo da prefeitura que estabelece uma série de medidas a ser adotadas pelo público e que são fiscalizadas pela Guarda Municipal. Entre elas está o uso obrigatório da máscara. No entanto, o CORREIO flagrou no primeiro dia de abertura muitas pessoas adotando o seguinte truque: só usavam a máscara para passar pelos postos de controle da GM.
Neste domingo, os truqueiros - pessoas que colocavam as máscaras abaixo do queixo ou as guardavam no bolso após cruzarem os postos da GM - foram poucos, mas não passaram despercebidos pelo CORREIO e tampouco por quem fazia o uso da máscara.
"A gente considera qualquer tipo de proteção importante sempre. Não adianta fazer o uso errado da máscara. O uso tem que ser contínuo sempre que for à rua. A pandemia atinge o Brasil e o mundo e tudo ainda é muito novo e por isso todo o cuidado nunca é demais", disse o arquiteto Vinícius Fonseca, 29, em frente ao Farol da Barra.
Ele estava ao lado da advogada Lis Costa, 28, que também reprovou o não uso da máscara. "Não adianta fingir que está usando a máscara. Viemos correndo de Ondina para cá e vimos pais usando máscaras e os filhos pequenos não. As crianças podem ser assintomáticas e levarem o vírus para casa", disse ela.
CORREIO 24 HORAS
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