O encontro, organizado pela ONU e pela França, começou às 12H00 GMT e simboliza o início de uma "iniciativa urgente e esperança para o futuro" do país, informou no sábado a presidência francesa.
"O objetivo hoje é agir de forma rápida e eficaz para coordenar nossa ajuda em solo para que chegue o mais eficientemente possível para os libaneses", declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, no início da videoconferência.
Além disso, ele pediu às autoridades libanesas "que evitem o colapso do país e respondam aos pedidos que o povo libanês manifesta legitimamente nesse momento nas ruas de Beirute".
O presidente francês, o primeiro líder estrangeiro a visitar a capital libanesa depois da explosão, prometeu na última quinta-feira obter ajuda rápida e massiva da comunidade internacional.
Na terça-feira, a explosão em um armazém no porto de Beirute deixou ao menos 158 mortos, 6.000 feridos, dezenas de desaparecidos e centenas de milhares de desabrigados.
"Todo mundo quer ajudar"
Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro prometeu o envio de medicamentos por via aérea, além de 4 mil toneladas de arroz. À frente da missão estará o presidente anterior, Michel Temer, filho de libaneses.
A Espanha anunciou neste domingo que enviará um avião do Exército para Beirute com medicamentos e equipamentos médicos para a Cruz Vermelha, 10 toneladas de trigo e materiais de abrigo para a população que perdeu suas casas na explosão, agendado para a próxima terça-feira.
Além disso, a Comissão Europeia acrescentou neste domingo 30 milhões de euros (35 milhões de dólares) aos 33 milhões de euros (40 milhões de dólares) disponibilizados na sexta-feira, para ajuda emergencial do Líbano, anunciou o comissário para Ajuda Humanitária, Janez Lenarcic.
"Ursula von der Leyena (presidente da Comissão) havia anunciado na conferência de doadores para Beirute e os libaneses que a Comissão Europeia prometeu um total de 63 milhões de euros (75 milhões de dólares)", especificou o comissário em comunicado.
No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em um tweet que participaria da reunião.
"Todo mundo quer ajudar!", acrescentou Trump, mencionando que havia falado com Macron.
Israel, país com o qual o Líbano não mantém relações diplomáticas, propôs ajuda após a explosão.
A Turquia é outro país convidado a contribuir.
A ONU estimou o custo das necessidades de saúde no Líbano em US$ 85 milhões.
A mais nova catástrofe
A explosão, aparentemente causada pelo armazenamento de milhares de toneladas de nitrato de amônio em um armazém no porto de Beirute, é mais uma catástrofe, essa que não há como os libaneses suportarem.
Há meses, o Líbano está mergulhado em uma crise econômica muito séria, com a desvalorização da moeda, hiperinflação, demissões em massa e drásticas restrições bancárias.
No sábado, milhares de manifestantes se reuniram no centro da cidade.
Na sexta-feira, o presidente libanês, Michel Aoun, recusou a sugestão francesa sobre uma investigação internacional em relação à explosão no porto de Beirute, dizendo que pode ter sido causada por negligência ou por um míssil.
Vários países enviaram equipes de resgate e ajuda material ao Líbano e promoveram iniciativas de solidariedade.
A TARDE
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