Mesmo com as restrições impostas por causa da pandemia de covid-19, a Black Friday desta 6ª feira (27.nov.2020) deve bater recorde, segundo a  CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). À medida em que os varejistas cortam os preços em uma tentativa de aumentar as vendas, os consumidores tendem a abrir os bolsos. O dia com descontos, sempre realizado na última 6ª feira de novembro, se tornou o 2º maior evento de compras do ano no Brasil.

O faturamento da data comercial deve subir 1,8% neste ano em comparação com 2019. O que deve puxar o número para cima é o e-commerce. O volume de compras on-line deve aumentar 61,4%, de acordo com estudo CNC, que estima faturamento de R$ 3,74 bilhões na data especial.

Com muitas lojas físicas fechadas, 66% dos empresários dizem esperar vendas iguais ou superiores às de 2019, de acordo com uma pesquisa da Boa Vista.

Algumas empresas realizam promoções da Black Friday desde o início de novembro, mas o volume de negócios ganhará tração nesta 6ª feira.

Com as restrições da covid provocando uma demanda reprimida, há boas notícias para os varejistas em dificuldades: 61,4% dos brasileiros pretendem pretende fazer compras na Black Friday. O percentual era 49,7% em 2019, segundo estudo da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

As empresas também devem colher um bônus do pagamento do auxílio emergencial. Dos entrevistados que recebem o benefício, 47% pretendem gastar o valor durante o período de descontos. E 28,5% negam que utilizarão o auxílio para esse fim.

A tendência é que os consumidores ampliem as compras em sites das grandes lojas. Roupas, calçados, smartphones, eletrônicos e eletrodomésticos devem ser os campeões de procura na data especial.

O Instituto Unidos Pelo Brasil elencou alguns cuidados na hora de realizar as compras:

pesquisar em vários sites o mesmo produto – priorizar sites de lojas com credibilidade, conferir se a compra é segura e checar tudo antes de concluir a compra. Abrir o produto em várias abas no computador e pesquisar de forma simultânea os produtos para obter um comparativo ajuda a fazer uma compra melhor;

cartão de crédito virtual – é um número temporário vinculado ao cartão de crédito, para que o consumidor não precise colocar suas informações permanentes. Permite maior segurança nas compras;

checar o prazo de entrega e a política de troca – o consumidor é protegido por lei e pode solicitar a devolução do produto caso se arrependa depois;

checar se o site é verdadeiro – verificar se no endereço da loja, antes do “www” tem o protocolo “https”. Esse “s” significa que o ambiente possui certificado de segurança e atesta que os dados do cliente são protegidos por criptografia. Outra dica: Se a URL for original, possui um cadeado e o link correto. Caso a imagem apresente um “.” separando o nome do site, por exemplo, provavelmente trata-se de um link falso;

promoções falsas – o consumidor precisa atentar e fazer pesquisas para não se deixar levar pelas promoções que são “metade do dobro”. Em caso de promoções que não são verdadeiras vale a pena apelar para órgãos de defesa do consumidor e sites específicos de reclamação;

compra Segura – antes de comprar, é bom verificar se o site tem o logotipo de compra segura e e ver os comentários sobre o produto, o site e o prazo de entrega;

anúncios para atrair o cliente a uma loja que não tem estoque – geralmente o anúncio destaca uma configuração de produto, cor ou tamanho, mas ao fechar a compra a loja informa não ter estoque e tenta convencer o consumidor a adquirir outro produto mais caro e supostamente melhor. Esta prática também configura propaganda enganosa, segundo o instituto.

HISTÓRIA DA BLACK FRIDAY

O dia de descontos teria começado em 1960, na Filadélfia (Estados Unidos).

Trata-se do dia seguinte ao de Ação de Graças e de início das compras natalinas. Policiais locais teriam dado o nome à data, de forma pejorativa, para se referir ao grande fluxo de pessoas e veículos rumo às compras. A data tornou-se tradicional, ganhando novos significados.

No Brasil, a Black Friday começou em 2010. Os varejistas tinham intenção de desvincular a data do internacional do evento da data brasileira. Inicialmente, o dia de promoções passaria a ser no último final de semana de setembro, pois os comerciantes temiam a concorrência da data com o período natalino.

No entanto, com o passar dos anos, os donos de comércios mudaram de ideia. Depois de analisar que compradores brasileiros estavam antecipando suas compras de Natal, proprietários de lojas resolveram manter a data.

Poder360