A Escola viveu um período de distanciamento físico por conta da pandemia causada pela COVID-19, tendo esse afastamento como uma das estratégias para a não proliferação do vírus. Foi preciso aprender a lidar e a construir Educação sem o contato presencial, mas buscando manter os vínculos e as propostas de aprendizagem, implementando uma nova rotina para professores, alunos, pais (estes últimos foram movidos a exercitar e ampliar suas competências e habilidades parentais), na busca por um trabalho colaborativo e cheio de adaptações nas diversas ordens.

Ainda que tão esperado, o retorno presencial das aulas pede por cuidado em relação a re/adaptação e ao aspecto emocional dos alunos, professores e todos os envolvidos no processo. Para além dos aspectos estruturais, dos protocolos sanitários de higienização e distanciamento, é fundamental ouvir e acolher as crianças em suas singularidades, ao passo que também a gestão escolar apoie seu corpo docente e familiares dos alunos, de forma humanizada, oferecendo escuta ativa e sensível às suas demandas, acolhendo as dúvidas e fragilidades que esse momento sugere e por vezes impõe, buscando inclusive criar uma rede de encaminhamentos e apoio multidisciplinar para esse fim.

Portanto, embora tantos professores, alunos e pais de alunos, estivessem sôfregos pelo retorno à presencialidade das aulas e das relações interpessoais que a escola promove, é importante considerar os impactos que a pandemia causou nesse período de ensino não-presencial, como por exemplo o comprometimento das habilidades interpessoais, a forma de lidar com sentimentos e emoções, as perdas parentais ou convívio com o adoecimento, convívio familiar conturbado, além do prejuízo acumulado no processo de aprendizagem (apesar do empenho de todas as partes) e ainda o impacto direto na saúde mental dos estudantes, professores e pais, reforçando assim a necessidade de acolhimento, diálogo e ações tanto coletivas quanto individualizadas.

A dica é que além das máscaras e do álcool em gel, esteja também no check-list das escolas o respeito e o acolhimento aos indivíduos em sua integralidade.

Sobre a colunista

Carla Cinara da Silva Luz, jacobinense, com graduação em Letras Vernáculas e especialização em Estudos Literários, é Neuropsicopedagoga, com formação em Atendimento Educacional Especializado e especialista em Educação Especial e Inclusiva, além de Psicóloga em formação .Atua como professora na rede municipal de Jacobina desde 2001. Você pode acompanhar a colunista pela sua rede social, clicando AQUI.

Diário da Chapada - Seu portal de informações de áreas!
Nos siga pelas redes sociais INSTAGRAM e FACEBOOK