A secretária de Saúde da Bahia, Adélia Pinheiro, criticou o Ministério da Saúde por reduzir o financiamento federal para a manutenção dos leitos de UTI para pacientes com covid-19 em todo o Brasil.

Segundo a titular da Sesab, para manter em funcionamento os atuais 649 leitos de UTI covid-19 na Bahia, o governo do Estado e os municípios terão um gasto adicional superior a R$ 23 milhões mensais. A medida do ministério entra em vigor já na próxima segunda-feira, 28, com uma queda de 62,5% da verba federal, o que implicará na redução de R$ 1.600 para R$ 600 no custeio pela diária de um leito.

“Isso é um absurdo! Decretaram o fim da pandemia pela via financeira. O dinheiro repassado pelo governo federal já não era capaz de cobrir os custos e tinha de ser completado por estados e municípios em todo o Brasil. Agora, a situação ficou ainda pior, pois o ministério está fazendo economia às custas da saúde do povo brasileiro”, declarou a secretária, que prometeu judicializar a questão, caso necessário.

Em ação simultânea ao corte no financiamento de leitos para Covid-19, o ministério propõe incrementar o repasse para leitos de terapia intensiva de outras especialidades. “Os 1.226 leitos de UTI na Bahia que já se encontram habilitados, ou seja, já tinham algum financiamento, teriam um adicional de aproximadamente R$ 126 por dia. Ainda que esse incremento seja importante, a conta não fecha e a pandemia não acabou. Como saldo, a redução de recursos é substancial e essa mudança pode prejudicar a assistência”, completou Adélia.

A Tarde