Após o anuncio de aumento no preço do diesel feito pela Petrobras nesta quinta-feira, 10, grupos de caminheiros ameaçaram paralisar atividades no país, movimento que foi visto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como 'lamentável'.

“O preço tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro, em sua tradicional live de quinta-feira.

Uma das lideranças da categoria, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, anunciou na quinta-feira mesmo paralisações em pelo menos quatro estados: São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Pará, começando nesta quinta-feira e nesta sexta-feira, 11.

“A promessa de governo do presidente Jair Bolsonaro até agora não se cumpriu. E isso não é uma pauta só dos caminhoneiros. Estamos juntos com o povo para fazer o melhor para o nosso país. O Brasil vai parar automaticamente, porque não se tem mais condições de rodar”, afirmou,

Um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, o Chorão, se diisse arrependido de ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), após a Petrobras ter anunciado um mega-aumento no preço da gasolina, do gás de cozinha e, principalmente, do diesel.

"Apoiei o Bolsonaro, fiz campanha para ele, e de graça. Recebi a comenda do mérito de Mauá, o maior mérito do transporte que existe no Brasil, pelos serviços prestados ao transporte. E, com toda sinceridade, não trabalho mais para ele, não voto nele. Tudo o que prometeu para nós, ele não cumpriu", diz Landim.

Para o líder caminhoneiro, foi um erro apoiar o candidato Bolsonaro. "Não deveria ter apoiado em 2018, mas tivemos uma postura para trazer uma mudança para o país, com uma arma muito importante neste momento que são as redes sociais", diz o ex-caminhoneiro, hoje dedicado a representar a categoria.

A Tarde