A Educação Especial é responsável pelo atendimento especializado do aluno com deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), Transtornos Globais do Desenvolvimento, Altas Habilidades/Superdotação. Enquanto isso, a Educação Inclusiva é uma modalidade mais ampla, onde todos os alunos, com e sem deficiência, possuem a oportunidade de acesso, permanência, convivência e aprendizado.

O acesso à educação é um direito legal de todos, entretanto para abraçar a perspectiva inclusiva é necessário garantir qualidade no ensino destinado a cada um dos alunos, considerando a diversidade de demandas e atendendo às limitações e potencialidades individuais. Podemos dizer que a escola inclusiva é aquela que oferece mais que um simples acesso burocrático através da matrícula das crianças com necessidades educacionais especiais, sendo aquela cuja prática e perspectiva vão além de placas, cartazes ou letreiros sobre diversidade espalhados nela, pois se propõem efetivamente a acolher todos os alunos, independente das diferenças, respeitando os variados ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos, fornecendo recursos diferenciados indispensáveis ao seu processo enquanto aprendente e construtor de conhecimentos, fornecendo desde adaptações físicas do ambiente escolar a atividades, metodologias, etc. e por englobar todo e qualquer indivíduo em sua singularidade, requer informação, conhecimento, atualização docente, políticas públicas efetivas, bem como iniciativa e dedicação para o acesso e permanência do aluno, mediante uma formação de qualidade para o mesmo.

Para contemplar uma perspectiva de educação inclusiva, a escola deve ofertar condições estruturais e didático-pedagógicas, seguindo o rito da lei inserindo o aluno em sala regular mas também oportunizando o aprendizado e o respeito, na convivência com as diferenças, entendendo que além do acesso à escola, toda pessoa aprende, ainda que num processo individual e singular, em convívio num ambiente escolar pautado na pluralidade, diversidade, respeito e empatia, beneficiando a todos. Quando orientada por esses princípios, o processo de ensino aprendizagem, envolve todos os atores desse processo (crianças, educadores, familiares, gestores e comunidade escolar), construindo uma prática inclusiva num processo gradual, contínuo e coletivo.

Sobre a colunista

Carla Cinara da Silva Luz, jacobinense, com graduação em Letras Vernáculas e especialização em Estudos Literários, é Neuropsicopedagoga, com formação em Atendimento Educacional Especializado e especialista em Educação Especial e Inclusiva, além de Psicóloga em formação .Atua como professora na rede municipal de Jacobina desde 2001. Você pode acompanhar a colunista pela sua rede social, clicando AQUI.

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