Jacobina recentemente foi contemplada com sua inclusão no Mapa Nacional de Turismo, certificado conferido pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo. Ou seja, foi incluída em uma lista de cidades com grande potencial turístico que confesso, achei que já estava há muitos anos. Mas me perdoem a ignorância, é que às vezes por flagrarmos tanta gente declarando amor aos nossos pontos turísticos, até achamos que isso reverbera pelos quatro cantos do país. Então “simbora” comemorar, e que venham os turistas, Jacobina foi, enfim, descoberta!

Mais recente ainda, foi lançada pelo Correio da Bahia uma lista com as 10 cidades do interior da Bahia com maior potencial para investimentos, as quais passo agora a listar: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Lençóis, Luiz Eduardo Magalhães, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Irecê e Senhor do Bonfim.

Não! Jacobina não aparece na pesquisa desenhada para apoiar os empreendedores na análise de oportunidades de negócios e na localização mais adequada do seu ponto comercial. Que sorte nós temos do Atacadão não ter visto essa lista antes de começar a obra.

Vale destacar que o intuito desse texto não é o de desmerecer a conquista do certificado de cidade turística (demos graças), não é diminuir os municípios incluídos na lista de cidades com potencial econômico, tampouco o trabalho realizado pelo Correio, mas é preciso lembrar que as cidades de Senhor do Bonfim e Irecê até bem pouco tempo atrás tinham Jacobina como uma cidade-mãe e que Luiz Eduardo Magalhães completou mês passado apenas 22 aninhos de “vida” (uma criança em desenvolvimento).

Qual a idade mesmo que queremos comprovar que Jacobina tem? Lembrei! Quase 300 anos! Talvez seja este o nosso grande problema, a idade vai chegando e com ela chega também o cansaço. Cansamos de lutar, de buscar melhorias que atraiam novos empreendedores, cansamos de planejar Jacobina para os próximos 30 anos, cansamos de crescer, pois já vivemos tudo o que tínhamos para viver e, só nos resta agora, descansar nossos 3 séculos de vida numa rede em Itaitu, comendo Jucurutu e contando aos novos turistas a história vitoriosa que Jacobina teve, em um passado bem distante, mais precisamente, na corrida dos Bandeirantes.

Por Igor Fagner