O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira (22), em Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia, de eventos celebrando o 22 de abril, data da chegada dos portugueses ao Brasil.

Bolsonaro chegou no avião presidencial por volta das 14h. Do Aeroporto Internacional ele foi direto para a Cidade Histórica, onde aconteceu uma cerimônia, marcando os 522 anos da chegada dos portugueses. Gritos de "mito, mito" foram ouvidos antes do discurso do presidente.

Na sua fala, Bolsonaro destacou a importância de ter um país "unido" e falou também da pandemia. "Enfrentamos uma pandemia, onde eu não fechei uma casa de comércio sequer. Sempre defendi a autonomia médica e a liberdade de cada um de vocês", disse.



Depois, ele afirmou que ontem foi um "dia importante" para o Brasil, falando do caso Daniel Silveira. Os bolsonaristas celebraram o indulto individual concedido por Bolsonaro ao deputado federal, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Tem certas coisas que só se dá valor depois que se perde", disse. "Ontem foi um dia importante pro nosso país. Não pela pessoa que estava em jogo. Mas o simbolismo de que nós temos, mais que o direito, a garantia da nossa liberdade", afirmou Bolsonaro.

Acompanhado de apoiadores, o presidente participou também de um passeio de motos. Ele também acompanhou a apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

Pela manhã, povos indígenas fizeram um protesto pedindo demarcação de terras e respeito. Gritos de "Fora, Bolsonaro" foram entoados. "22 de abril, a prefeitura de Porto Seguro convida o atual presidente do Brasil para comemorar o aniversário do início do massacre dos povos indígenas do Brasil", disse Tukuma Pataxó pelas redes sociais.

Bolsonaro também falou desse protesto. "Dizer a esses irmãos indígenas que nós temos um projeto que há 1 ano e pouco tramita no Congresso, que visa dar liberdade a todos eles. Eles poderão fazer com sua terra o mesmo que o irmão fazendeiro faz na terra vizinha. Poderão produzir e explorar as riquezas da sua propriedade", disse. "Não queremos irmãos pobres em cima de terras ricas", acrescentou. O projeto em questão libera atividades de mineração em terras indígenas.



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