O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expulsou, nesta segunda-feira (25/4), 40 funcionários diplomáticos alemães em uma ação de retaliação ao país. No começo de abril, a Alemanha tomou a mesma medida contra diplomatas russos.

O governo russo disse que a decisão foi motivada pelo fato de a Alemanha ter declarado que os funcionários da embaixada russa em Berlim eram “indesejáveis” em 4 de abril.

A ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, declarou que a expulsão de seus diplomatas da Rússia “não se justifica”.

“Apesar das circunstâncias cada vez mais adversas, nossos colegas trabalharam na Rússia com abertura, interesse honesto e grande comprometimento. A Rússia está, portanto, se prejudicando ainda mais”, escreveu no Twitter.

Mais de 200 diplomatas russos foram expulsos de países europeus. Itália, França, Espanha, Suécia, Eslovênia e Dinamarca, por exemplo, aplicaram sanções diplomáticas desde o início de abril.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro.

A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

Metrópoles