A Ucrânia acusa a Rússia de esconder provas de supostos crimes de guerra. De acordo com autoridades locais, em Mariupol, cidade portuária a qual os russos tomaram conta, há uma vala comum que pode conter até 9 mil corpos de civis.

Nesta sexta-feira, 22, o governo ucraniano classificou a situação como “bárbara”. O caso foi revelado por imagens de satélite da empresa de tecnologia espacial Maxar.

O prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, demonstrou horror ao cometar o caso. Segundo ele, o local continua sendo usado para desovar corpos de civis.

Mariupol ficou sitiada mais de 40 dias e sob fortes bombardeios. De acordo com a prefeitura, 90% dos prédios foram danificados, e 40%, destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas. As tropas russas afirmam que tomaram o poder da cidade.

Sob ataques constantes e em colapso, a cidade foi o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. Nesta sexta-feira, 22, a guerra completa 58 dias.

A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Putin, que havia prometido trégua a Kiev, voltou a bombardear a capital.

A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

A Tarde